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Jogo

Taça, 2017-01-30 às 22:00 @ Inatel

Nota do árbitro: 3

Nova vs Azuis Escuros

Desperdício resulta em empate

A Nova começou esta época com a promessa de regressar aos bons resultados, mas ao fim de quatro jornadas ainda procuram os primeiros pontos na liga e, para agravar a crise, ficaram-se por um empate a dois golos com os Azuis Escuros. Embora tenha estado por cima durante grande parte do jogo, os seus principais matadores falharam inúmeras oportunidades de golo que teriam dado a vitória

A partida começou com os Azuis muito pressionantes, a tentarem aproveitar a vantagem numérica, mas ainda assim, a experiencia fala muito alto e a Nova ia se aguentando com sete jogadores graças à qualidade dos seus elementos. O golo surgiu a poucos minutos do inicio da partida, num lançamento lateral para a área em que a turma de Nuno Henriques fica a ver Miguel Cunha Ferreira saltar sozinho e cabecear por cima de Rui Tavares, que nada pôde fazer para evitar o golo. Já em igualdade numérica, a Nova tentou responder por intermédio de “Kiko” Oliveira, que reponde a um cruzamento de Bernardo Cabral com um remate acrobático que tinha tudo para ser um momento memorável, mas o avançado toca de raspão na bola e esta sai sem perigo para a baliza dos Azuis. De seguida, no seguimento de uma boa jogada da Nova, Bruno Gonzalez aparece à entrada da área a rematar a poucos centímetros do poste. O poste seria também um interveniente na jogada seguinte. Nuno Henriques é lançado nas costas da defesa e responde à saída do guarda-redes com um chapéu quase perfeito, não fosse Sebastião Dutschke tocar ligeiramente na bola, mas o suficiente para desviá-la contra o poste e evitar o perigo a meias com um defesa. Nuno estaria novamente em destaque, desta vez é Tavares que lança longo para as costas da defesa deixando o avançado isolado perante Sebastião, mas o instinto matador de Nuno não disse presente e este desvia diretamente para as mãos do guardião. Seria depois a vez de “Kiko” falhar o golo por duas vezes quando estava em posição privilegiada. Na primeira, a Nova consegue uma situação de três contra três, acabando com Bruno a servir o avançado que tenta o chapéu a Sebastião, mas o guardião dos Azuis apresentava-se em boa forma e antecipou as intenções de “Kiko”. Depois, o avançado da Nova lança-se numa jogada individual e dentro da área, já muito pressionado, consegue fazer o remate que bate em cheio no poste. Contra a corrente do jogo, os Azuis iriam dilatar a vantagem. Com um passe a rasgar toda a defensiva da Nova, Salvador Castro isola João Pedro Marto que, frente a Rui Tavares, ganha o ressalto com o guarda-redes e faz o segundo da noite. O lance acabaria por deixar Rui lesionado, impedindo o jogo de prosseguir por vários minutos, apenas recomeçando no segundo tempo.

A Nova voltou determinada em dar a volta ao resultado, apenas tinha que afinar a pontaria para resolver os lances e foi isso que aconteceu. Num livre a meia distância, “Kiko” encheu o pé e disparou uma bomba ao ângulo da baliza. Sebastião bem se esticou para chegar à bola, mas esta entra completamente fora do alcance do guardião, que protagonizava uma bela exibição. Pouco depois, Rodolfo Martins chega à linha de fundo através de uma jogada individual e cruza para o miolo da área onde Nuno aparece a desviar ao lado do alvo. Os Azuis respondiam de contra-ataque, com Manuel Costa Duarte a seguir isolado na direção de Tavares, mas a experiencia do guardião deu-lhe pouco ângulo e o remate sai à malha lateral. Apesar do lance de perigo a Nova continuava por cima, mais pressionante e criava mais perigo, o golo do empate era inevitável. Lançamento para a área, Nuno desvia de cabeça para o segundo poste e Rodolfo, livre de marcação, atira a contar para o fundo das redes. Seria de esperar que com o empate a sorte da Nova mudasse, mas não foi o que aconteceu e acabariam por ver a bola embater no ferro por mais duas vezes. Uma num desvio de Gonzalez a cruzamento de Bernardo, e outra num remate do ultimo, que ainda bate na linha de golo antes de voltar a sair. Para finalizar uma noite de azar, bastava só mesmo um penalti por falhado. “Kiko” é travado em falta dentro da a área com uma carga nas costas e é chamado a converter a grande penalidade, mas Sebastião adivinha o lado e põe um ponto final à noite azarada do avançado, com a partida a chegar ao fim pouco depois.

A Nova sai do jogo a pensar que nada mais podia fazer, criou inúmeras oportunidades para vencer a partida, mas quando a bola não embatia no poste, estava lá Sebastião no sitio certo para matar a jogada.

por Rafael Monteiro