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Embora a justiça da vitória seja inquestionável, a exibição dos paralíticos deixou muito desejar, face à qualidade a que já nos habituaram, pelo menos em termos ofensivos.
O jogo da Taça opunha Paralympiakos e Alcácer. Para os primeiros marcava a estreia nesta edição da Taça e, para os segundos, o quase certo encerramento, caso não vencessem a partida. A verdade é que a turma de Tiago Pereira se adiantou de imediato, com o próprio a finalizar uma bela iniciativa de Afonso Coimbra, que ganhou a linha de fundo e cruzou na perfeição para o colega. Neste momento poder-se-ia pensar que o ritmo seria altíssimo, mas era longe disso. Os paralympiakos assumiram pragmatismo, gerindo a bola com cautela e privilegiando a posse em detrimento do possível segundo golo. Quanto ao Alcácer, tentava atacar rápido sempre que recuperava a bola, mas a defesa de branco resolvia com relativa facilidade. Dinis recuperou em zona adiantada, disparou forte mas o redes defendeu para canto. Logo de seguida, Edu recuperou um mau passe da defesa canarinha, e vendo o adiantamento do guarda-redes, tentou surpreender de longe. Contudo, o guardião estava atento e defendeu muito bem. Antes do intervalo, Gonçalo Garcia cobrou uma grande penalidade a favor dos Paralympiakos mas atirou por cima da baliza. Com isto chegava o intervalo, e o marcador assinalava 1x0.
A abrir o segundo tempo, uma jogada coletiva de luxo deu origem ao segundo da noite: bola no meio em Tiago que contemporiza, espera a entrada do colega e finalmente dá em Eduardo Matos que finaliza na perfeição. Contudo, o Alcácer reduziu de seguida, no único remate enquadrado que realizou. Miguel Sobral surgiu sozinho no interior da área e colocou a bola sem hipóteses para Garcia. Depois deste “susto”, Tiago e Dinis atiraram aos ferros da baliza. A mesma dupla podia ter faturado, numa jogada em que Dinis isola Tiago, mas o avançado precipitou-se e acabou por oferecer a bola ao guardião adversário. Tiago voltou a falhar, desta vez um cabeceamento que saiu por cima da baliza na sequência de um canto. As oportunidades acumulavam-se depois do Alcácer reduzir, numa clara mostra de poderio dos Paralympiakos, que até então se limitaram a gerir. A terminar a partida, Luís Martins fixou o resultado final, num movimento à ponta de lança, depois de Relveiro ter tocado curto em Dinis, que serviu o defesa na perfeição!
Apito final na partida que ditou a eliminação do Alcácer na fase de grupos da Taça. Quanto aos Paralymps, estão lançados para mais uma passagem à fase a eliminar.
Crónica de Manuel Laja
por Organização Allstars