A experiência levou a melhor sobre a juventude!
Nos dezasseis avos de final da Taça Allstars, o primodivisionário Iraque Unita teve de utilizar todo o seu arsenal para levar a melhor sobre o estreante Jupiter, num jogo que acabou com um apertado 3-2.
A partida começava com uma grande entrada do Jupiter, a querer mostrar que a diferença entre divisões existia apenas no papel. Foram mesmo eles a ter a primeira oportunidade, com Duarte Cruz a fugir à defesa iraquiana e a rematar muito forte por cima do alvo.
Do outro lado o Iraque Unita também queria mostrar o porquê de serem uma equipa que participa nesta Liga desde 2008! O protagonista da primeira tentativa era o estrangeiro Cláudio “Pira” que rematava muito perto da baliza de Gonçalo Moiteiro.
Ora minutos depois, surgia o lance capital desta partida. Ricardo Rua lançava “Pira” no contra ataque e este já isolado sofre falta de José Maya Seco. Vermelho direto para o jogador e livre direto mesmo à entrada da área para o Iraque. Quem assumiu foi Rua, que proferiu um rocket de trivela lá para dentro. Gonçalo Moiteiro parecia um espectador a ver a bola passar! Ficava muito difícil o jogo para os “aliens” que com menos um, teriam de encontrar forças para lá de Plutão.
Na jogada seguinte, Rua dá para o estrangeiro Orvalho, que muito simplesmente, rematou de muito longe para o fundo das redes. É um “senhor” golaço deste talentoso jogador!
E como não há duas sem três, canto do lado direito de José Pinto, a encontrar o seu irmão no centro da área que cabeceava para o 3-0. O defesa João Pinto subia para fazer a diferença pela segunda vez esta época.
Partíamos para o segundo tempo com um resultado que parecia ditar que estava tudo resolvido. No entanto, tal não se observou. Vimos uma equipa da última divisão a lutar pela sua sobrevivência na Taça!
Numa grande condução de bola de Afonso Maya Seco, o Jupiter conseguia chegar a uma zona ofensiva onde aparecia Simão Pereira. Este viu no instante perfeito, o seu colega Duarte Cruz que no coração da área cabeceou para o 3-1!
Nem cinco minutos depois, a emoção continuava a crescer. Cruzamento de Zé Lopes da direita, com a bola a ser cortada pela defesa iraquiana mas a ficar ainda assim na sua própria área. João Pinto tenta atrasar para Tiago Espada, mas a bola ficou curta e quem aproveitou o presente foi Simão, que marcava o golo da esperança. Conseguiriam eles obrigar o jogo a ir a grandes penalidades?
Nos minutos finais do jogo, o Iraque mostrou a experiência que tem e conseguiu bloquear muito bem o jogo do Jupiter, não deixando passar nada, exceptuando um remate de Duarte Cruz, que obrigou Espada a defender para a frente. Esta fase final foi jogada mais com o coração do que a cabeça e desta forma terminou uma excelente partida de futebol.
Ficava por aqui a excelente participação do Jupiter na Taça, tendo passado um difícil grupo em primeiro lugar e tendo também dado luta até ao fim num jogo em que se viu com menos um jogador bem cedo. O Iraque mostra a razão pela qual se encontra nas divisões de topo da Liga Allstars há tantos anos. É uma equipa muito forte nos jogos a eliminar como mostraram nesta partida também.
Crónica por Gonçalo Dias
por Henrique Zilhão