Três pontos muito importantes, arrancados a ferros!
O Moleicester FC venceu (sem convencer) o Flamentejo por 3-2. Começou a perder, virou o resultado a seu favor e nos minutos finais deu a machadada final, depois de se ter deixado empatar. Sem brilhantismo, mas com a estrelinha de um campeão.
Começavam melhor os alentejanos a partida, com a bola a circular de forma organizado entre eles. Esta organização rapidamente trouxe oportunidades e Rodrigo Atanásio seria o primeiro a desperdiçar. Um cruzamento perfeito de Luís Lucas, deixava Rodrigo a dois metros da linha de golo, mas o seu remate saia por cima da barra!
Do outro lado, o suspeito do costume também esteve perto de marcar, mas o seu remate sairía ao lado do alvo. Gonçalo Seiça aguentava a pressão de um adversário durante largos metros e acabava por conseguir disparar o esférico.
A primeira intervenção do jogo seria de Manuel Reis, que defendia de forma incrível um remate em trivela de Rui França. A jogada do Flamentejo era perfeita em todas as suas fases, mas subia à ocasião o guardião inglês.
Na jogada seguinte os alentejanos estiveram mais uma vez a centímetros do golo! Canto de França da esquerda, Francisco Prego no segundo poste punha a bola para dentro e João Neves de Sousa cabeceava muito pouco ao lado.
O domínio do Flamentejo era agora absoluto e o golo parecia aproximar-se! Mas mais uma vez Reis na baliza negava o golo ao seu adversário com uma defesa sobrenatural! Passe da defesa de Tomás dos Santos Oliveira e tento de Rodrigo que, era parado pelo redes alheio.
Caminhávamos para o final do primeiro tempo e eis que surge o tão esperado golo carioca! Cruzamento de França da direita, a encontrar a cabeça de Duarte Calado no centro, que cabeceava como mandam os livros para o fundo das redes!
Tendo aliviado a pressão, o Flamentejo viu o Moleicester subir no campo e mesmo quando o árbitro se preparava para apitar para o final dos primeiros vinte e cinco minutos, surgiu o golo do empate. Bola perfeita de António Pissarra da defesa e cabeceamento perfeito de Rodrigo Arede por cima de Michael Pereira.
No início da segunda parte aparecia o golo da reviravolta inglesa! Bola de Pedro Oliveira para a direita, Arede cabeceia para dentro e João “Hucky” Carvalho finaliza para o 2-1 a favor da sua equipa. A defesa do Flamentejo apanhada a dormir e o Moleicester não perdoa.
Não se conformavam com este resultado e tiveram de voltar a pôr o pé no acelerador. Os alentejanos nos cinco minutos seguintes voltaram a empatar o jogo e a lançar um jogo que valia muito para as duas equipas, para os minutos finais. Duarte Calado, que estava a fazer um belo jogo, assistiu de forma perfeita Diogo Carrilho que deu a esperança da vitória à sua equipa.
O mesmo jogador pouco tempo depois obrigou Manuel Reis a mais uma grande defesa, depois de uma jogada de antologia do Flamentejo. Rodrigo na direita, para Prego no meio, para Carrilho na esquerda. Simulação e remate que tinha selo de golo, não fosse o keeper inglês.
Diogo Carrilho teria uma última hipótese antes de ver o resultado cair para o lado “errado”. Um autêntico “míssil” deste jogador ia em cheio ao poste e via as oportunidades esgotarem-se para a sua equipa.
Com a equipa toda balanceada para a frente, os cariocas deixaram o Moleicester fugir em contra-ataque e para a vitória. Seiça aguenta tudo o que é encontrão e isola-se. Na cara de Pereira dá para o lado e Pissarra “mata” o jogo!
Que vitória! Três pontos que mantém o Jardim do Éder a uma distância que, apesar de pouco confortável, os mantém no primeiro lugar da Liga B1. O Flamentejo tem a lamentar a derrota pois tudo fez para levar pelo menos um empate para casa. Valeu um Manuel Reis em dia sim!
Crónica por Gonçalo Dias
por Henrique Zilhão