Sinal vermelho!
O Jupiter FC, um dos candidatos à subida, foi travado pelo Intermeadas num duelo que ficou marcado pela expulsão madrugadora do seu guardião e que deixou a sua equipa em inferioridade numérica durante toda a partida, ainda que os azuis tenham deixado uma excelente resposta no segundo tempo.
A partida começou de forma terrível para o Jupiter, que viu o seu guarda-redes Francisco Costa ser expulso de forma algo caricata quando decorria ainda o primeiro minuto de jogo, ao evitar um golo certo fruto de um atraso desastrado de um companheiro que levava a direção da sua própria baliza. Irregularidade traduzida num livre indireto quase em cima da linha de golo e com grande oportunidade para os pretos se adiantarem no marcador, mas Paulino não foi capaz de contornar a densa barreira formada por jogadores azuis.
Em superioridade numérica, o Intermeadas não se fez rogado e rapidamente colocou o pé a fundo no acelerador, com Fábio Guerreiro a assumir-se como a figura em destaque ao chegar a um bis de rajada. Primeiro intercetou um passe em zona adiantada do terreno antes de picar sobre o agora guarda-redes improvisado Tiago Sequeira e logo de seguida aproveitou um excelente passe de André Duarte para surgir isolado e dobrar a vantagem com o desvio de primeira.
Ainda assim o Jupiter não atirou a toalha ao chão e ao cair do pano do primeiro tempo deixou mesmo uma séria ameaça, com Thomas Bettencourt a aparecer solto ao segundo poste para corresponder a um cruzamento da direita e a cabecear em cheio ao ferro!
Estava dado o mote para o que seria o segundo tempo, já que desta feita os azuis experimentaram a outra face da moeda, tendo um início de sonho e reduzindo a desvantagem logo a abrir, fruto de um lance de insistência na área contrária que acabou por resultar em autogolo Afonso Neves. O Jupiter reentrava assim na discussão da partida e a equipa parecia ganhar um grande ímpeto em busca da igualdade, não se notando nesta fase a diferença numérica. Num lance no qual dispôs de muito espaço sobre a meia direita, Ramos ficou a milímetros dessa mesma igualdade ao disparar cruzado e rasteiro a rasar o alvo, o guarda-redes Miguel Gil parecia já batido. Depois foi a vez de Cunha cheirar o golo, com um pontapé de ressaca do meio da rua mas Gil esticou-se todo para, a meias com o poste, manter a vantagem do Intermeadas.
Ainda que os azuis fossem tendo algum ascendente nesta segunda parte, o velho ditado de que quem não marca arrisca-se a sofrer acabou por mais uma vez ser aplicado, sendo o Intermeadas a dilatar a vantagem fruto de um grande pontapé cruzado de André que assim voltou a tranquilizar a sua equipa!
O golo refreou naturalmente o ímpeto do Jupiter e voltou a soltar um pouco mais a equipa de preto, que num espetacular lance individual de João Paulino no interior da área beneficiou de uma grande penalidade depois de este “partir os rins ao defesa” e ser travado em falta. O próprio Paulino assumiu a conversão e não deu qualquer hipótese ao guarda-redes, sentenciando completamente a partida com o 4x1 final, que no entanto acaba por ser um pouco pesado para a réplica deixada pelos azuis na partida.
por Gonçalo Custódio