A força do bigode!
Em pleno Movember, Los Moustaches mostraram ser homens de bigode rijo e bateram de forma clara o Baile de Munique SAD, num jogo no qual nem a expulsão de Vieira atrapalhou, já que os azuis e pretos ainda foram capazes de faturar por duas vezes com um homem a menos e sentenciar uma vitória que os mantém à condição no topo da liga!
Os Moustaches entravam em campo pressionados a vencer para reagir à vitória dos Heinakeres no dia anterior e recuperar a liderança do campeonato, ainda que com um jogo a mais que o rival. Por isso mesmo, a turma azul e preta entrou determinada na partida e ainda muito cedo viu a toada dos acontecimentos correr-lhe de feição, chegando à vantagem madrugadora por intermédio do goleador Kiko Oliveira. O avançado dispôs de um livre direto à medida do seu pé direito e disferiu um remate a contornar a barreira que entrou no canto inferior da baliza à guarda de Paulo!
O conjunto alemão até reagiu bem à desvantagem, conseguindo mais aproximações à área contrária, no entanto sem conseguir definir bem as jogadas no último terço de forma a criar ocasiões claras e incomodar a baliza de Pedrade (estrangeiro). O melhor que o Baile de Munique SAD fez nesta fase foram mesmo alguns remates de meia-distância, ainda assim sem grande perigo.
Do outro lado a equipa dos Moustaches mantinha-se confortável na partida e a poder criar perigo a qualquer momento. Foi o que aconteceu já em cima do intervalo, num lance que aparentava não ser muito ameaçador, mas no qual João Esteves acabou por saltar sozinho na área e acertar na parte exterior do poste, ainda que o guarda-redes parecesse ter o lance controlado.
Chegavam assim ao fim os primeiros 25 minutos, com o resultado a ajustar-se face ao primeiro tempo algo morno e sem muitas oportunidades de parte a parte, com o livre de Kiko a abrir a fazer a diferença no marcador.
No início da segunda metade mantinha-se a mesma toada, num jogo muito dividido a meio-campo e no qual as organizações defensivas levavam claramente a melhor sobre os ataques. Daniel Vieira ensaiou o remate de longe, numa tentativa de agitar o jogo, mas o remate saiu fraco e fácil para as mãos de Paulo.
Do outro lado surgiu a melhor ocasião dos alemães no encontro, com Tiago Vermelho a receber a bola em zona frontal, a tirar um adversário do caminho com classe e desmarcar na direita Arsénio, que no entanto não conseguiu a melhor finalização e viu o remate cruzado sair ao lado do alvo.
O bigode respondeu com uma oportunidade igualmente clara, com Francisco Barros a tirar um cruzamento milimétrico para o segundo poste e Vieira a cabecear com estrondo ao ferro! Instantes depois o mesmo Vieira seria protagonista de um momento que poderia ter sido decisivo no desfecho da partida, recebendo ordem de expulsão por palavras e deixando a sua equipa reduzida a 7 elementos quando ainda faltavam largos minutos por jogar.
O Baile tentava capitalizar a vantagem numérica e subiu linhas na busca do empate. Vermelho voltou a estar na origem dos lances mais perigosos da sua equipa, isolando numa das ocasiões Jaime, que no entanto não conseguiu ultrapassar a mancha de Pedrade, que saiu rapidamente da baliza e evitou a igualdade.
Os Moustaches por sua vez valeram-se da sua vasta experiência para suster a pressão do adversário e acabariam por aos poucos dar passos em frente e ampliar mesmo a vantagem. Francisco Barros tentou o remate do meio da rua que parecia para defesa fácil de Paulo, mas o guardião acabou por largar o esférico para a frente e permitir que Esteves surgisse para fazer a emenda e empurrar para o fundo das redes. Os alemães acusaram muito o segundo golo e o bigode aproveitou para logo de seguida sentenciar completamente a partida, desta feita fruto de um trabalho individual fantástico de Kiko, que culminou no remate de pé esquerdo para o segundo na conta pessoal e terceiro da sua equipa!
Até ao final os Moustaches dominaram claramente a partida, dando até a ideia de que seriam a equipa com mais um homem em campo, e só não ampliaram ainda mais o resultado devido a alguma displicência no momento da finalização.
por Gonçalo Custódio