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Jogo

Divisão Allstars, 2017-01-22 às 22:00 @ Inatel

Nota do árbitro: 5

2 - 0

100200

MVP: António Bettencourt

Liverpussys vs The Hammers

Em Merseyside mandam eles!

Em jogo taticamente irrepreensível de ambas as equipas os Liverpussys levaram de vencidos uns Hammers que foram vítimas da genialidade de António Bettencourt!

 

O jogo era grande e a expectativa para ver um duelo já lançado em pleno Facebook era ainda maior. De um lado, os Hammers que vinham de uma magnífica vitória frente aos Pirates na qual deixaram bem claro que o campeão está cá para lutar. Do outro, os Pussys que no primeiro e único jogo protagonizaram uma vitória absolutamente de loucos frente à Futah. As cartas estavam na mesa e o árbitro apitava para o início da partida. Não foi preciso esperar muito para aparecer o primeiro da partida. António Bettencourt começa a jogada com um túnel indescritível num adversário, toca em João Tavares que devolve no centro no craque alentejano e este faz o que melhor sabe e inaugura o marcador. Os Hammers tinham agora de correr atrás do resultado, mas como é norma os primeiros 10 minutos encarnados são sempre fortíssimos e Martim Peixe foi obrigado a duas defesas apertados, primeiro a remate de Bernardo Serpa Gonçalves e depois de Miguel Paiva.

De seguida, lá apareceram os Hammers a dar um ar da sua graça depois de Justo bater um livre que tocou na barreira e deixou a bola à mercê de Ivan que com um ângulo algo apertado atirou para uma boa defesa de Pedro Bonneville. No canto, Zé Rafa tentou colher frutos do seu incrível jogo aéreo mas a cabecear por cima do alvo! De seguida, foi Ivan mais uma vez, de livre direto, a rematar para uma grande estirada de Bonne. Houvesse fotógrafo no Inatel e tinha dado capa de jornal! Contudo, a única coisa que de facto se via era uma inteligência anormal de ambas as equipas, que não abriam espaço na retaguarda e, também por isso, não chegavam na frente com tanta frequência nem com tanto perigo. Por isso mesmo, os primeiros vinte cinco minutos chegavam ao fim e os Liverpussys lideravam por 1x0.

No início da segunda metade quase que os encarnados ampliavam a vantagem. Recuperação fantástica de Bernas a colocar na direita em Noronha que cruzou em Paiva que inteligentemente deixou passar com Bettencourt no segundo poste a atirar por cima quando tinha tudo para fazer o golo. Uma falha nada normal do médio. Depois, foi Bettencourt a colocar um fantástico passe em Miguel Paiva que o deixou literalmente na cara de Martim. Depois de progredir uns metros Paiva tanto tentou colocar que atirou ao lado. “Que se passou aqui Miguel?”, ouvia-se nas bancadas. “Saudades da namorada”, ouvia-se depois. Fosse o que fosse, Paiva não estava com veia goleadora nesta noite de derby!
Contudo, Bettencourt já tinha dito presente uma vez e, embora algo apagado desde o golo (à exceção do passe muito bom para Paiva), lá voltou a fazer das suas. Recuperação de bola na esquerda, arranque imediato para cima da defesa e, quando se viu com dois adversários pela frente momento de magia: uma roleta à Zidane pelo meio dos dois que o deixou na cara de Martim. No momento de decidir, remate rasteiro para fundo da baliza. As redes balançavam e a claque encarnada entrava em delírio não só pelo golo em si mas também pela importância que ele tinha. Do lado dos martelos havia frustração de quem sabia ter conseguido um jogo muito forte a nível tático e ter claramente sido vítima de dois rasgos individuais, já que os Liverpussys não conseguiram dos melhores jogos em termos ofensivos (coletivamente falando). Os Hammers nada mais tinham a perder e Justo deu em Manuel Dias que depois de ultrapassar um oponente atirou ao lado da baliza. Na sequência, livre de Justo a ser defendido de forma fantástica por Bonne e, na recarga, Zé Rafa podia ter sido feliz e não conseguiu a emenda. Até final, mais uma chance flagrante para os Hammers com Zé Rafa a ganhar ao primeiro poste um lançamento lateral e, sozinho ao segundo, Tomás Sousa a falhar o desvio.

Apito final no Inatel e uma palavra de apreço para ambas as equipas que protagonizaram um enorme jogo de futebol. Para terminar, um elogio ao árbitro da partida que esteve impecável foi figura à altura de um derby Allstars que se quer unicamente atrativo pela qualidade das equipas. Foi isso mesmo que tivemos!

 

 

por Manuel Laja