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Jogo

Liga A, 2016-11-24 às 22:00 @ CIF

Nota do árbitro: 4

Coxos vs Hangover 96

Vitória por pouco

O Hangover mostrou-se em grande forma ao jogar desde os primeiros minutos com uma unidade a menos, não sendo inferiores aos Coxos durante os cinquenta minutos. No final, os Coxos conseguiram um golo tardio que lhes deu a vitória, mas fica a ideia de que sem o “handicap” inicial, a história seria outra.

A partida começou da pior maneira para o Hangover. Ainda não tinham passados cinco minutos de jogo e João Sotero seria expulso por evitar o golo com a mão, mas na cobrança da grande penalidade João Rocha Brito faz mesmo o 1-0. Os Coxos tentaram aproveitar o momento para aumentar a diferença no marcador. Primeiro, Simão Oom de Sousa ganha de cabeça ao segundo poste e devolve para Brito que faz o remate acrobático ao lado do alvo. Depois, Brito aparece isolado no miolo da área, mas Henrique Zilhão é rápido a bloquear o remate e a aliviar a bola. O Hangover ainda não tinha tido um segundo para se reorganizar dada a pressão dos Coxos, mas num lance de sorte chegariam ao golo. Livre assinalado ainda longe da baliza, Francisco Martins encarrega-se de cobrar e, no momento do remate, a barreira mexe-se, provocando um desvio na bola que traí Miguel Sousa que apenas fica a ver a bola entrar. O golo galvanizou os alemães que conseguiram, mesmo com uma unidade a menos, segurar o resultado até ao intervalo e equilibrar a partida, fazendo parecer que ambas as equipas estavão em igualdade numérica.

A segunda metade começou da mesma maneira que a primeira, com um golo madrugador dos Coxos. Brito cobra o livre descaído para a direita, Afonso Oom de Sousa antecipa-se ao defesa e cabeceia certeiro para o fundo das redes. A vantagem esteve perto de ser ampliada minutos depois, numa excelente jogada dos Coxos em que a bola circula ao primeiro toque e termina com Brito a assistir de cabeça Manuel Fernandes, que remate para uma defesa apertada de Miguel Mata. O Hangover iria provar que não dava o jogo por perdido, onde Zilhão mostrava toda a sua polivalência sendo uma ancora na defesa e assumindo as rédeas no ataque. Foi assim que os alemães chegaram novamente à igualdade. O defesa sobe no terreno, mostra-se a Guilherme La Feria que lhe passa o comando do esférico e Zilhão fura por entre a defesa, aguentando dois adversários, que nem recorrendo à falta o pararam, e encostando para longe do alcance de Sousa com enorme precisão. O Coxos não estavam a protagonizar uma das melhores partidas da época, muito por culpa da entrega dos alemães, e recorriam à bomba para fazer perigo à baliza adversária, mas Miguel Mata mostrava-se seguro e defendia as tentativas, em particular um remate de Manuel que descreve um arco traiçoeiro até embater nas luvas do guardião. Foi já nos minutos finais que os Coxos conseguiram fazer o golo da vitória. Cruzamento de Brito para o segundo poste onde aparece Afonso a dominar com muita classe e a esperar pelo guardião, que fica indeciso em sair à bola, dando tempo ao avançado para colocar o remate.

Os cinquenta minutos chegavam ao fim e os Coxos somam mais três pontos numa partida complicada, frente a uma equipa que teve muito mérito por estar a jogar com menos uma unidade desde os primeiros minutos.

por Rafael Monteiro