Tettonham trava Magos
Com o fim do campeonato à vista e com boas possibilidades em conquistar o titulo, os Magos empatam a uma bola frente ao Tettonham e complicam as contas finais.
Jogo de contrastes no CIF, onde se encontravam em campo duas equipas com objetivos diferentes. De um lado o Tettonham Club tenta sair da zona de despromoção e capitalizar com a derrota da Vecchio, enquanto para os Magos da Bola apenas a vitória importava para manterem vivo o sonho do titulo.
Quanto à partida, essa começou com um lance de perigo para os ingleses. Bola alta na frente de ataque, “Picki” a recebe à entrada da área e com pouco tempo para pensar desmarca Henrique Gomes Pereira com um passe entre os defesas que, com tudo para fazer o golo, opta por devolver ao seu colega, mas o passe sai com força a mais e Picki não consegue chegar. A resposta dos Magos veio de imediato e num lance de contra-ataque podia ter surgido o primeiro da partida. Recuperação de bola por Gonçalo Fino que, muito pressionado, consegue evitar que a bola saia e chuta para a frente. Aquilo que a equipa do Tettonham interpretou como um alivio foi na verdade um passe para Rafa (Werder Semen) que apanhou a turma inglesa desprevenida. O avançado segue isolado para a baliza, mas à ultima da hora aparece o único Tetto que estava atento e Francisco Mendonça trava o remate no momento certo.
Estavam melhores os Magos nesta altura do jogo, castigando as iniciativas de ataque inglesas com contra-ataques rapidíssimos. Desta vez é Luís Andrade quem protagoniza a jogada. O médio segue em velocidade pela direita e ao chegar à linha de fundo passa para a entrada da área onde Henrique Lopes atira por cima da baliza. Pouco depois, Lopes voltaria a atirar por cima no seguimento de um lançamento longo para o segundo poste. O golo acabaria por chegar já nos momentos finais da primeira parte, com Ricardo Morgadinho (Shakhtar Durex) a isolar João Coelho entre os defesas que, frente-a-frente com Albernoa (Brigate Rossonere), finaliza com frieza de ponta de lança!
Logo a abrir a segunda metade houve uma excelente oportunidade para os comandos de Gomes Pereira igualarem o marcador. Livre batido da esquerda, a bola é desviada por um defesa para o alto e já quase na pequena área Diogo Pinho eleva-se mais alto que a oposição e faz o cabeceamento, mas este sai fraco e Ricardo Cruz agarra a bola sem dificuldades. Em resposta, Inho recupera a bola, lança na velocidade de Rafa que deixa de imediato os adversários para trás e cruza para o segundo poste onde Lopes atira em cheio no ferro.
Com este lance os Magos baixaram o rendimento, permitindo ao Tettonham subir as linhas e montar uma rede que iria durar o resto do jogo. Recuperação de bola por André Gávea a desmarcar Henrique que tenta surpreender Ricardo com um chapéu, mas o guardião estava atento. Pouco depois, Gávea combina novamente com Henrique e o avançado dispara á quina da área para uma enorme defesa de Ricardo com a perna. O capitão estava em altas e inspirava a equipa a lutar até ao fim. Gávea e Tomás Frischknecht protagonizavam também uma segunda parte de enorme calibre a nível defensivo, impecáveis no desarme e rápidos a lançar a equipa no ataque. É Gávea quem novamente se adianta pelo terreno e com poucas soluções descobre Henrique com um cruzamento perfeito para a cabeça do avançado, que cabeceia a poucos centímetros do ferro. A pressão dos ingleses acabaria por surtir efeito e conseguiriam o tão esperado golo. Pedro Almeida combina com Henrique, ganha espaço para o cruzamento e descobre Tomás nas alturas entre os defesas que cabeceia em grande estilo para longe do alcance de Ricardo.
Com pouco tempo para se jogar o Tettonham tinha ambições de marcar o segundo, mas os Magos atacaram com tudo atrás do prejuízo gerado por uma segunda parte muito diferente da primeira, muito por culpa da força de vontade e qualidade do futebol dos pupilos de Henrique. O empate é um resultado que não agrada a ninguém, ainda assim nada está perdido para ambas as equipas.
por Rafael Monteiro