Jupiter trava Heinakeres com triunfo pela margem mínima!
O INATEL foi o palco de jornada em atraso deixando frente a frente o Heinakeres que visitava o terreno da formação Galática. O encontro foi de enorme equilíbrio na sua totalidade com mais possem para os visitantes, porém o Jupiter soube manter a organização e ferir o adversário no momento certo, levando os 3 pontos para casa e confirmado o bom momento de forma!
O árbitro deu início ao encontro com ambas as equipas a encaixarem muito uma na outra, sem correr muitos riscos e privilegiando a posse do esférico. A batalha a meio-campo era intensa com as duas formações a disputar cada bola no limite, sendo também nesta fase as respetivas linhas defensivas quem maior destaque tinham. A primeira ocasião de perigo apenas teve origem por volta dos quize minutos do encontro, favorável ao Heinakeres: investida ofensiva por parte da formação visitante com Vasco Neves a arranjar espaço para o remate e a atirar tenso para defesa a dois tempos de António Pignatelli! Instantes depois foi Francisco Pereira a progredir pelo corredor central e, de longa distância, rematou a meia altura à figura, porém Pignatelli voltou a mostrar serviço com uma defesa segura! Continuava a ser o Heinakeres quem mais facilidade tinha em chegar à área adversária e voltou a ficar perto do golo, desta vez por Martim Cardoso Silva “Cebo”; lançado na direita por Henrique Simões dos Reis, o médio ligou a mota e fez o corredor todo, rematando já em esforço para o poste mais próximo, valeu Pignatelli a manter a baliza a zeros para os Galáticos! O Jupiter ainda teve alguns lances de perigo de transição ofensiva, em particular de Remondes e Caetano, porém a decisão no último terço era pobre, pecando na finalização. Antes do intervalo Pereira ainda tentou abrir o marcador com um livre direto, no entanto o mesmo saiu por cima e o encontro seguiu empatado sem golos para o descanso!
No segundo tempo as ocasiões voltaram a demorar a aparecer, mantendo-se o encaixe tático por parte de ambas as formações. Com dificuldades em situação de organização ofensiva, o Heinakeres procurou explorar outras vertentes, tais como os lances de bola parada. Num dos lances conseguiu criar algum perigo ao adversário, com origem num lançamento longo: Cebo efetuou o mesmo para o primeiro poste; Pereira ganhou nas alturas e desviou, porém Pignatelli voltou a mostrar serviço, segurando o esférico sem dificuldade! Instantes depois o Heinakeres teve a sua maior ocasião até ao momento que por muito pouco não deu em golo: erro na construção dos pupilos de Tiago Sequeira com uma perda de bola à entrada da área; Pereira intercetou o esférico e progrediu pela direita; efetuou o cruzamento rasteiro para o segundo poste e Henrique Simões dos Reis com tudo acabou por acertar mal no esférico! Que perdida! A organização defensiva do Jupiter era sem dúvida o que mantinha os Galáticos no jogo, com o Heinakeres a ter muita dificuldade na procura de espaços e ataque à profundidade, resultando em vários lances sem qualquer perigo, com as linhas defensivas do Jupiter compactas à procura do momento certo para ferir o adversário em transição. Os Galáticos estavam confiantes que essa oportunidade de ouro ia aparecer e o mesmo verificou-se minutos depois, com o Jupiter a inaugurar o marcador num lance coletivo exímio: Ruxa foi solicitado na banda direita e cortou para dentro; vendo o movimento de Caetano, picou por cima da linha defensiva e lançou o ponta que invadiu a área pela esquerda; num gesto técnico simples, Caetano driblou Miguel Justino e arranjou espaço para atirar em arco junto ao poste mais distante! 1-0 num grande golo! Até ao apito final o Jupiter soube gerir o resultado e anular qualquer tipo de investida ofensiva dos visitantes que apenas voltaram a assustar num remate à malha lateral de Pereira!
Com este resultado, o Heinakeres falha o assalto ao pódio após o regresso às vitórias no início da semana. Por sua vez, o Jupiter soma a terceira vitória consecutiva e parece entrar numa nova fase da sua época, voltando a evidenciar confiança nas linhas da frente e coesão exemplar no movimento defensivo. Há, agora, apenas 5 pontos a separar o 3º do 8º classificado. Que campeonato!
Crónica por Miguel Sousa
por Henrique Zilhão