Starjolas fazem ATP transpirar
Numa partida que revelou um surpreendente equilíbrio entre as duas equipas, o ATP fez uso da sua experiencia para conseguir bater a jovem formação por 3-1. No entanto, o resultado é enganador e os tenistas passaram por grandes dificuldades para conseguirem a vitória.
Os Starjolas entraram com fome de bola e equilibravam, nos instantes iniciais, o poderoso ATP United. Foi apenas já com dez minutos contados no relógio que surgiu a primeira oportunidade, que acabaria por dar em golo. Canto batido para o miolo da área, João Van Uden eleva-se mais alto e cabeceia ao poste. A bola acaba por voltar para o todo-o-terreno amarelo que atira a contar. Pouco depois, Daniel Vieira aparece na esquerda do terreno a testar a atenção de Vicente Goes com um remate colocado que é defendido a dois tempos. Os Starjolas procuravam sair da pressão e repor a igualdade, chegando por duas vezes à baliza do ATP. João Sousa abre em António Morais que remata ao lado do alvo. Depois, António trabalha bem na linha e descobre Carlos Fontes à entrada da área que domina de peito e remata à baliza, mas o guardião encurta o espaço e o remate choca contra a parede imposta por Barosa. Em cima do apito final, Tiago Vilas Boas faria o empate com um golo de levantar o estádio. O médio pega a bola no centro do terreno e, com um remate em jeito, coloca-a no ângulo superior da baliza onde mora a coruja. Que momento!
A segunda metade começou com os Starjolas a mostrarem uma face diferente. Motivados com o golo do empate, começaram a subir as linhas e a pressionar alto a saída de bola do ATP. João Sousa era o principal protagonista, tanto pelas oportunidades que encontrava e, ao mesmo tempo, desperdiçava. Lançamento para a área, João ganha nas alturas ao defesa e cabeceia muito perto do poste. O poste acabaria por negar o golo a João que volta a aparecer novamente no lançamento longo, desta vez ao segundo poste, e a desviar contra o ferro. Os ataques dos Starjolas acabavam por terminar em lançamento ou em pontapé de canto, e a quantidade de vezes que a bola saiu pela linha de fundo do meio campo do ATP era sinal do bom futebol ofensivo praticado pela jovem formação. Num último canto que gerou perigo, Carlos salta ao segundo poste e cabeceia pouco por cima do travessão. Aos poucos o ATP foi resistindo à pressão e começou a lançar contra-ataques, acabando por chegar ao golo num lance de sorte. Canto batido para o segundo poste, Diogo Morgado remata para o meio da área e a bola desvia em Sousa, acabando por entrar para dentro da baliza. O golo deitou completamente abaixo os Starjolas que protagonizavam a melhor exibição da época até então, mas seriam punidos pela sua inexperiência com mais um golo do ATP. Daniel arranca pelo meio, entra pela área e oferece a João Van Uden que atira para o seu segundo da noite.
O arbitro daria a partida por terminada, com os Starjolas a saírem com uma derrota amarga face àquilo que produzirem em campo. As oportunidades desperdiçadas, a troca de bola e o facto de conseguirem encostar por vários minutos o ATP, são bons indícios do que a jovem equipa pode alcançar com um pouco mais de experiencia. Quanto aos tenistas, continuam a sua perseguição ao líder e a perseverança mostrada em campo pode virar o resultado de qualquer jogo.
por Rafael Monteiro