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Jogo

Liga B, 2016-11-15 às 23:00 @ CIF

Nota do árbitro: 5

6 - 7

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MVP: Francisco Felner da Costa

Socceroos All United vs Coposnhaga FC

Remontada dinamarquesa

Numa partida recheada de golos e imprópria para cardiacos, o Coposnhaga recuperou de estar a perder ao intervalo por 4-1, para um resultado final de 6-7, onde o principal catalizador ofensivo foi Luis Andrade, levando a equipa à vitória com cinco golos apontados em meia parte. Com este resultado e o empate dos Manichinhos, os copos ficam isolados no primeiro lugar da Liga B.

A importância deste jogo era extrema para os dinamarqueses, pois queriam faturar com o resultado dos seus rivais, mas não podia ter começado de pior maneira para o Coposnhaga. Logo no primeiro minuto de jogo, António Santos cobra o livre e Diogo Dinis aparece nas alturas a cabecear certeiro para o primeiro da noite. A resposta dos copos não tardou e num lançamento longo Felner da Costa iria restabelecer a igualdade. João Patrício mete para o interior da área, Costa ganha a posição ao seu marcador e cabeceia ao ângulo, sem hipóteses de defesa para João Gago. Os Socceroos não tremeram com o golo e partiram em busca do segundo. Boa jogada coletiva a começar com uma recuperação de Dinis, que se adianta no terreno e solta em Manuel Costa à direita, tirando um defesa do caminho e isolando António Santos no meio que apenas tem que encostar para longe do alcance do guarda-redes improvisado. Luís Andrade apresentava-se em tarefas defensivas nesta primeira parte e fazia o que podia para segurar o resultado, mas a defesa do Coposnhaga estava muito desorganizada e cada ataque dos Socceroos terminava com grandes defesas de Inho, ou com a bola no fundo das redes. No entanto, Inho acabaria por manchar uma boa exibição entre os postes com uma saída aérea em falso, deixando cair a bola frente a Manuel Costa que toca para lá da linha de golo. Os Socceroos entrariam para o intervalo com uma confortável vantagem de três golos, após um contra-ataque de Dinis e Julian (Estrangeiro), com o segundo a ir à linha de fundo e a devolver para o meio da área onde Dinis desvia, sem oposição, para o golo.

Se na primeira metade os Socceroos dominaram por completo, na segunda estaríamos prestes a assistir a uma remontada histórica. Com o resultado nada favorável para os dinamarqueses, estes tiraram Inho da baliza para liderar o ataque e o avançado iria mostrar-se em noite endiabrada. Logo nos primeiros minutos, Inho iria fazer o gosto ao seu famoso pé esquerdo. O avançado recebe de costas e, sem perder tempo, vira-se e remata em jeito ao ângulo da baliza. O golo deixou os Socceroos em sentido, que apesar não estarem a realizar uma má exibição, iam-se mostrar incapazes de lidar com o poderio ofensivo de Luís Andrade. Pouco depois, perda de bola na defensiva australiana, Inho galopa na direção de Gago, ganhando em força a António Dias, e atira com enorme precisão por cima do braço do guardião. Os copos começaram a acreditar na reviravolta quando, num canto batido para o segundo poste, Inho aparece sozinho e num remate acrobático faz o hat-trick, levando os seus companheiros à loucura. A reviravolta acabaria mesmo por chegar, e quem mais senão Inho para realizar o poker. Numa jogada individual, foge até ao canto direita da área, engana com o pé direito, puxando para dentro, e faz uso da sua larga passada para ganhar espaço até ao centro onde desfere um potente remate cruzado para junto do poste.

Com a vantagem estabelecida os copos abrandaram um bocado o ritmo, dando tempo para os Socceroos se recomporem e chegarem novamente à igualdade. Dinis arranca pelo meio, tabela com António Dias e completa o hat-trick, desviando para longe do alcance do guarda-redes de serviço.

O encontro mais parecia um jogo de ping-pong, coma bola a rodar com perigo ambas as balizas em lance e resposta. Seria a vez de Felner fazer o segundo na conta pessoal. Bola longa para Inho, Gago sai-se mal à bola e é fintado pelo avançado que oferece o golo a Costa que, por pouco, não é negado por Dinis, com o defesa a parar a bola já para lá da linha de golo. Era agora a vez dos Socceroos de servir e mais uma vez o marcador iria ser igualado. Bernardo Vieira recebe a bola na direita, vê a desmarcação de António para o segundo poste e coloca-lhe a bola com um cruzamento perfeito que é correspondido com um cabeceamento de grande qualidade para golo.

A partida atingia o seu clímax nos dois minutos finais, apenas havia mais um lance para cada equipa, assim tinha sido a segunda parte até ao momento. O Coposnhaga fez “all-in” na reposição de bola após o golo e o inacreditável estava para acontecer. Toque para trás para Inho, o craque ajusta para o pé esquerdo e remata em balão para a baliza, surpreendendo Gago, que recua para junto da linha de golo e tenta agarrar a bola, mas esta escapa-lhe das mãos e entra, para delírio dos dinamarqueses. Ultimo minuto de jogo e era a vez dos australianos darem a ultima resposta. A bola chega a Todi na linha, com um grande drible tira um adversário do caminho, coloca a bola em António que, na pequena área, desvia de calcanhar com o guardião a reagir numa fração de segundo e a parar a bola com a ponta da luva, em cima da linha de golo. Chegava então ao fim esta espetacular partida de futebol, com treze golos, reviravoltas no marcador e um Luís Andrade numa forma assustadora. O Coposnhaga está cada vez mais perto do titulo e o duelo com os Manichinhos aproxima-se.

 

por Rafael Monteiro