Falta de eficácia e o nulo a acompanhar!
Panatinites e Carapaus do Lis, inseridos no grupo B da Taça Challenge, haviam perdido os seus jogos inaugurais na competição. Assim sendo, só a vitória interessava a ambas as partes, por forma a alimentar a esperança de alcançar a fase eliminar.
Os Panatinites entraram decididos na partida e várias foram as ocasiões de golo criadas. O primeiro aviso saiu dos pés de Miguel Ramos, que recebeu o esférico e foi muito objetivo ao puxar para o pé esquerdo e rematar com muito perigo ao lado do alvo. Pouco depois, variação de flanco até à direita em António Payan Martins, que tocou de cabeça a desmarcar Ramos, sendo que o dianteiro teve a frieza para tirar o keeper da frente, mas ficou com um ângulo apertado para o remate e atirou à malha lateral. Os pupilos de Gonçalo Ferreira continuavam a acumular sustos e seria a vez de Fred Silva soltar em António Pignatelli antes de sofrer falta, e depois o central ganhou uma dividida e conduziu, isolando-se na cara do guardião contrário, mas o seu remate acertou em cheio no poste! Os Panatinites estavam completamente instalados no meio-campo contrário e Francisco Fonseca rodou tudo à direita em António Martins, que voltou a assistir Ramos de cabeça e o avançado desta feita também atirou um cabeceamento certeiro, mas Paulo Ferreira fez uma defesa fenomenal e segurou o nulo! O primeiro aviso, ainda que bastante tímido dos Carapaus, saiu dos pés de Diogo Pires, que procurou a meia distância, mas não deu com o alvo. Pigna voltou a mostrar-se extremamente azarado, quando tentou a sua sorte através de um remate vindo do centro do terreno, mas este autêntico míssil também foi em cheio ao poste! De vez em quando, os Carapaus deixavam alguns avisos em contra-ataque, sendo que uma bola longa em busca de Pires causou um calafrio na espinha dos Panatinites, mas Miguel Paredes fechou bem por dentro e José Meneses (estrangeiro) completou a limpar o perigo. A dupla António Martins e Ramos voltou a deixar um aviso gritante, com os papéis a inverterem-se: contra-ataque conduzido por Ramos à direita, que aguentou a carga faltosa de um adversário e quando entrou na área deixou o esférico numa bandeja para António, mas este falhou o alvo! Que perdida! Era um festival de oportunidades desperdiçadas e o nulo seguia para intervalo.
O segundo tempo arrancou e demorou algum tempo até que surgisse a primeira ocasião gritante de golo. Esta sairia dos pés de Fred Silva, que fez um fantástico remate, mas acertou em cheio na trave! Era já a terceira bola nos postes por parte dos Panatinites! Desta feita, os Carapaus mostraram-se mais atrevidos na resposta e Dário Joaquim recebeu à entrada da área e atirou com perigo, mas uma boa estirada de Meneses afastou o perigo. Os Panatinites continuavam instalados no meio-campo contrário, mas o último passe não estava a surgir com tanta facilidade, pelo que as oportunidades eram mais escassas do que aquelas a que se tinha assistido no primeiro tempo. Os Carapaus iam-se mostrando cada vez mais ameaçadores em contra-ataque e Diogo Marques soltou no aparecimento de Pedro Cabeço pela direita, que depois atirou, mas desenquadrado. Apesar da posição recuada no terreno de jogo, Pigna continuava a mostrar-se preponderante na manobra ofensiva da sua equipa, desta feita a recuperar o esférico e a conduzir antes de soltar em Afonso Câmara, que deixou a dúvida se tentou o cruzamento ou o remate, mas o que é certo é que Paulo Ferreira estava lá para afastar o perigo da sua baliza. Nos derradeiros minutos da partida, Fred sofreu uma falta à entrada da área em posição muito perigosa. Ramos assumiu a cobrança e atirou em arco a meia altura, ficando perto de dar a vitória à sua equipa, mas o esférico passou por pouco ao lado. O nulo acabou por persistir assim até final.
Este resultado acaba por não ajudar nenhuma das formações, que terão de vencer o seu derradeiro jogo na competição se ainda ambicionam chegar às eliminatórias.
por Henrique Barrosa