Liverpinos entram com o pé direito na nova época!
Smoke City e Liverpinos encontravam-se pela primeira vez num jogo a contar para a jornada 2 da Liga B1. A formação da casa já havia aberto a nova época com derrota, enquanto os Liverpinos ainda não tinham jogos disputados até ao momento.
O Smoke abriu logo a partida com livre do meio da rua de Ricardo Pinheiro, mas o remate do centro campista sobrevoou a baliza. Já os Liverpinos aproveitaram lançamento longo de José Trindade para o esférico chegar até Durão, mas o cabeceamento saiu à figura para as mãos de António Pignatelli (estrangeiro). Pouco depois, Francisco Vieira envolveu-se bem no ataque à esquerda, ao receber de Tiago Oom Sousa, e trabalhou de forma fenomenal ao fazer um túnel a um adversário e rematar para enorme intervenção de Pigna! À terceira foi de vez e com direito a golo de fazer levantar o estádio: Carlos Pires bateu longo à direita até João Caldas, que recebeu e atirou de forma fantástica em volley para o poste mais distante! Indefensável! Galvanizados com o golaço de Caldas, os Liverpinos quase dilataram, mas Pigna brilhou por duas vezes, defendendo um primeiro remate de Durão à queima-roupa e depois também a recarga de Caldas. O Smoke ia demonstrando algumas dificuldades em entrar no jogo, até que surgiu o momento que há muito procuravam, com sorte à mistura: bola bombeada para a área, o keeper tentou agarrar o esférico, mas viu-o escapar entre as mãos e a bola chegou à pequena área para um desvio com as costas de Miguel Paredes, que restabeleceu assim a igualdade! Ainda assim, o empate foi muito pouco duradouro, com os Liverpinos a voltarem a apostar forte nas diagonais, desta feita com Trindade a descobrir a incursão de Lampreia à esquerda, que depois finalizou com enorme classe, fazendo um chapéu perfeito ao guarda-redes! 1-2! Terminava assim o primeiro tempo, com vantagem justa dos Liverpinos, que eram até então a formação mais ameaçadora.
A segunda parte continuava muito intensa, mas mais escassa em termos de oportunidades, com o Smoke a tentar penetrar a defensiva montada pelos Liverpinos. O primeiro aviso só surgiu passados largos minutos, com Trindade a apostar mais uma vez no lançamento longo, que quase resultou num autogolo após desvio de um homem do Smoke, mas Pigna estava atento e afastou o perigo. Do outro lado, Diogo Caldeira tirou cruzamento bem puxado ao segundo poste, onde surgiu Paredes já em esforço para a emenda, acabando por não conseguir que o cabeceamento fosse em direção à baliza. Os Liverpinos voltariam a criar perigo, com uma bola colocada nas costas da defensiva do Smoke, que não conseguiu limpar, e Guilherme Catarino optou por rematar em força na cara de Pigna, que levou a melhor, sendo que Caldas ainda surgiu para a recarga, mas Paredes cortou o esférico antes que este transpusesse a linha de golo! Na fase ofensiva do Smoke inverteram-se os papéis, com Paredes a tirar o cruzamento num livre lateral e a encontrar Caldeira para um desvio de cabeça, mas que também não incomodou Douwens (estrangeiro). O último lance de perigo surgiu após tabela de Morais com Gonçalo Reis, mas o remate de pé esquerdo do camisola 10 foi parado por Douwens, que estava bem colocado para depois ainda agarrar o esférico e a vitória dos Liverpinos!
Habituados a voos mais altos, os Liverpinos entram na nova época da melhor forma. O Smoke soma nova derrota, ainda que ambas tenham resultado de jogos diante de adversários complicados, pelo que os comandados de Gonçalo Coelho não deverão desanimar numa fase tão embrionária da época.
por Henrique Barrosa