A história do “Tomba-Jupiter”
O Flamingos FC voltou a vencer o Jupiter FC na Liga B1! A vitória por 2-0 foi apenas confirmada nos minutos finais do jogo por “Xico” Martins, que deixava os seus adversários numa posição madrasta com o primeiro lugar da classificativa.
Jogo muito importante para ambos, mas por razões diferentes. O Jupiter à procura do seu primeiro título e o Flamingos a tentar fugir à descida de divisão. Quem esteve mais perto de se adiantar no seu objetivo foram os aliens, com o seu central Miguel San Payo a obrigar David Barroso à primeira defesa da noite.
Não foi necessária defesa, mas o remate de José Sá fez o chão do guardião adversário desabar sob si mesmo. Que tiro do médio do Jupiter que ia marcando um golo de se tirar o chapéu! A bola passeava muito perto do alvo, mas ainda ao lado.
Contra a corrente de jogo, o Flamingos marcava mesmo. Na sua primeira real jogada de perigo, um passe e David Barroso da traseira, chegava aos pés do estrangeiro Benjamin Freitas, com este a mostrar do que é que o seu pé esquerdo é feito e a pôr a bola além de António Pignatelli. Era o verdadeiro upset para a turma de Tiago Sequeira!
A primeira parte trazia pouco mais. O Jupiter tinha a maioria da posse de bola sem dúvida, mas o produto final não estava a sair. A bola no último terço não estava a fluir como em partidas anteriores. Com este fulgor ofensivo, abriam-se brechas na defensiva que o Flamingos iam explorar.
Segundo tempo que parecia ter cinco minutos para o Jupiter e quarenta e cinco para o Flamingos. Os “extraterrestres” voltavam à carga para tentar chegar ao empate. Tomaso Lorenzi foi o primeiro a rematar de livre direto, mas a bola passava por cima da barra.
Seguiam-se duas tentativas de Francisco Martins. De jogo corrido rematava já dentro da área muito pouco ao lado. De livre direto chegado à esquerda, atirava por debaixo da barreira para defesa de “Pigna”.
Do outro lado surgia uma das defesas da noite. David Barroso negava Zé Maya Seco que julgava que o seu remate tinha selo de golo. O avançado do Jupiter fugiu do lado esquerdo e isolado, rematou para a espetacular defesa do keeper adversário para o poste e eventual canto. Logo a seguir Miguel San Payo rematava à queima-roupa para mais uma monumental defesa de Barroso. Que clutch impressionante deste guarda-redes que adicionalmente tinha assistido o primeiro golo.
Em contra-ataque, o Flamingos esteve próximo de matar o jogo com Diego Bastos a correr com os seus colegas a seu lado e na altura certa passava para para assistí-los. Afonso Mesquita fazia uma simulação que deveria ter deixado Pignatelli fora da jogada, mas o guardião saltava apenas para defender o remate de “Xico” Martins em cima da linha de golo. O nível entre os postes estava estratosférico!
Mais difícil de negar era a última tentativa da equipa que jogava de vermelho. Mais uma vez na contraofensiva o Flamingos, pelos pés de “Xico” Martins, fugia e só com Pignatelli pela frente fazia o marcador rolar pela última vez! Era a cajadada que matava a lebre.
Grande vitória dos “cor-de-rosinha”! Conseguem a sua terceira vitória (segunda contra os “extraplanetários”) da época e igualam o Rapid Viagra no oitavo lugar. O Jupiter vê o título da Liga B1 mais distante com esta derrota, tendo de recuperar quatro pontos em doze que estão por disputar.
Crónica por Gonçalo Dias
por Henrique Zilhão