“The Last Dance”
Num jogo que marcou o adeus de uma lenda dos Allstars, foi o Grimo que se aproximou da salvação, retirando aos Heinakeres a réstia de sonho que ainda tinham de levantar o caneco.
Este jogo tinha tudo para ser o jogo da jornada e um hino ao futebol. Se por um lado, ambas as equipas precisavam de ganhar para manter vivos os seus objetivos, o Grimo tinha a motivação extra de querer despedir-se em grande do seu eterno capitão Pedro Bonneville, um dos melhores jogadores que já passou por esta competição e que ganhou tudo o que havia para ganhar com a sua equipa de coração.
Começou com sinal mais o Grimo, com Bernardo Falcão a entrar pelo lado direito e cruzar forte para a área onde apareceu um defesa da equipa visitante a cortar contra o poste. Pouco depois, novamente Falcão a ser isolado por um grande passe de Bonneville, mas na cara de Rodrigo Cristóvão não conseguir marcar. Não conseguiu Falcão, mas conseguiu o suspeito do costume… Pedro Bonneville não queria pendurar as botas sem um golo de despedida e foi isso que fez quando à entrada da área rematou forte e colocado, não dando qualquer hipótese ao seu amigo, mas hoje rival, Cristóvão.
A partir daqui aumentou o ritmo a equipa visitante, começou a pressionar mais alto e a não largar a área adversaria, tendo uma grande ocasião a surgir de um lançamento longo para a área, apareceu Henrique Reis a cabecear, mas para grande intervenção de António Pignatelli. Logo a seguir, apareceu aquele que será provavelmente o golo do campeonato. O guarda-redes Rodrigo Cristóvão à entrada da sua área, vê o ligeiro avanço de Pignatelli e fez um chapéu perfeito com a bola a entrar ao angulo da baliza. Que golo e estava restabelecida a igualdade, que se manteve até ao intervalo.
A segunda parte manteve o ritmo elevado da primeira, com várias aproximações à área de ambas as equipas, mas com os guarda-redes e as suas defesas a resolverem bem todos os lances. Até que muito perto do final Pignatelli mete uma bola perfeita nas costas da defesa adversaria onde apareceu a receber bem António Calça e Pina que tirou com muita classe um defesa do caminho e rematou forte para o 2-1 que daria os 3 pontos à sua equipa.
Um jogo intenso e bem disputado que sorriu aos amarelos, mas que no final deixa todos os fãs desta modalidade sem vontade de sorrir. Uma perda que deixa o futebol mais pobre, mas agarramos-mos às memórias de tudo o que o jovem médio que em tempos foi guarda-redes já nos deu. 389 jogos, 150 golos e 105 nomeações depois (sem contar com um igualmente elevado número de jogos e golos como estrangeiro), fecha-se um capítulo que marcou uma geração de Allstars inteira.
por Zé Mendes