Muito mais Pussys que Tettos!
A turma de Barbeiro entrou focada e desde cedo mostrou ao que vinha; os homens de negro, por sua vez, tentaram sempre igualar o ritmo encarnado, conseguindo fazê-lo enquanto houve forças para tal. No final, Noronha ditou a sentença!
A primeira jogada perigosa pertenceu aos Tetto, mais especificamente a Diogo Pinho que, após assistência de André Rosa bateu Barbeiro na velocidade, não conseguindo fazer o mesmo a Bonne. A resposta surgiu prontamente, numa recuperação bem conseguida de Tavares que deu para Noronha atirar à figura do keeper! A rotação era muito alta no meio campo, com ambas as equipas a não quererem perder a luta no miolo e, por isso, a imporem mutuamente muita genica aos intervenientes. Tanto era o ritmo que a partida, durante largos minutos, resumiu-se a isso mesmo: uma luta inconsequente recheada de remates falhados e interceções de bom nível por parte dos defensores. Contudo, já a meio da primeira parte, Noronha decidiu dar um pontapé na rotina e, após receber à entrada da área um mau alívio de Gávea, disparou sem hipótese para o GR! Os encarnados podiam ter ampliado a vantagem quando, na sequência de uma contra-ofensiva brilhante, Paiva cruzou na perfeição para Bernas que com tudo para faturar atirou à figura do guardião! Em boa hora chegava o intervalo para os Tetto, pois a quebra física era notória e a falta de suplentes para rodar começava a pesar na gestão de esforço dos ingleses.
Na segunda metade a entrada dos Pussys foi fulgurante, com Zilhão a progredir pela esquerda, a tocar em Tavares na linha que, pressionado, puxa para trás e cruza para Bernas. O avançado, com um trabalho muito difícil mata no peito, coloca no chão e atira ao lado da baliza. Uma execução nada fácil para o craque dos Pussys que, pese embora a falha, trabalhou o esférico de forma exímia. De seguida foi a vez de Zilhão falhar o alvo após passe de Paiva a isolar o defesa. Os Tetto começavam agora a criar algum ascendente em termos de posse de bola, aliando a vontade de marcar a um pragmatismo inerente à equipa dos Pussys, que baixou linhas e deixou o adversário circular melhor. Contudo, a posse não se traduzia em chances e foram mesmo os Pussys que vieram a criar perigo: Tavares recupera, toca de calcanhar em Zilhão na esquerda que, de forma primorosa, deixa Tavares com tudo para marcar, sendo que o médio não conseguiu converter em golo. Já a terminar a partida, Barbeiro faz um passe longo em Paixão na direita que, após receber, temporiza e, na hora certa, cruza tenso ao segundo poste onde apareceu Noronha a sentenciar uma partida onde os Pussys nunca deixaram de ser superiores, muito por culpa da quebra física do adversário no final da primeira metade!
por Manuel Laja