Festival de golos termina com vitória alemã
Num encontro improprio para cardíacos, o Hangover venceu os Moustaches por 5-6. Os alemães estiveram mesmo a vencer por 1-6, mas ficaram sem reação à medida que o bigode foi reduzindo a diferença no marcador até ficar próximo da reviravolta, dando a impressão de que não resistiriam caso a partida tivesse mais cinco minutos. No entanto, a vitória é justa dado o futebol ofensivo de grande qualidade que foi praticado, e que os colocou numa posição confortável para poderem sofrer cinco golos e saírem vitoriosos.
Início de jogo com o Hangover a aproveitar a superioridade numérica para tentar adiantar-se no marcador. A primeira oportunidade veio dos pés Guilherme Azambuja a disparar ao lado do poste. A resposta dos Moustaches veio de João Vieira, que arranca desde a esquerda, corta para dentro e dispara à figura de Miguel Mata, que ainda assim defendeu a dois tempos, dada a potencia do remate do avançado. Por mais estranho que pareça, os Moustaches tiveram o seu melhor momento quando estavam com sete jogadores em campo, defendendo recuado e apostando em contra-ataque rápido liderado por Frederico Nunes, mas assim que equilibraram os números houve uma descida no rendimento da equipa, culminando com o golo do Hangover. Chico Martins cobra o canto certeiro para a cabeça de Azambuja, com este a atirar de cima para baixo para o fundo das redes. O encontro seguiu durante largos minutos sem grandes oportunidades, até que um erro de Farinha, a oferecer a bola a André Monteiro, permite que este leve o Hangover para o intervalo com uma diferença de dois golos no marcador.
O golo animou o Hangover que entrou avassalador na segunda metade. Logo a abrir, Chico faz o golo da noite com um autentico missil de meia distância, que sobrevoa o guardião e bate na trave antes de passar a linha de golo. Pouco depois, Gonçalo Custódio temporiza e assiste Azambuja que atira encostado ao poste para golo. O Hangover continuava a todo o vapor e chegou ao quinto golo sem resposta adversária, num contra-ataque de Chico, que descobre André ao segundo poste e este atira para o fundo das redes. Os Moustaches deram finalmente resposta num pontapé de canto, a reduzir a diferença no marcador com Hugo Fernandes a conseguir um ligeiro toque e a desviar a bola para o fundo das redes. No entanto, o Hangover ainda tinha cartuchos e André iria carimbar o hattrick, novamente assistido por Chico, num remate colocadíssimo que deixou Farinha sem reação.
Quando o Hangover pensava que o jogo estava decidido (e estaria não fosse o seu adversário uma equipa experiente e conhecida pelas suas reviravoltas), os Moustaches começaram a explorar todas as oportunidades que o Hangover permitia, chegando ao segundo golo e rapidamente ao terceiro, com Gonçalo Tomé a assistir de cabeça Vieira, que se antecipa aos defesas e atira sem hipótese para Mata. Os golos sofridos não foram suficientes para soar o alarme dos alemães, que não conseguiam de maneira alguma evitar o caudal ofensivo dos Moustaches, acabando por sofrer o quarto num remate de Kiko Oliveira à entrada da área. A inercia do Hangover estendeu-se até aos instantes finais da partida, altura em que os Moustaches dominavam por completo e encostavam os alemães à sua área, numa tentativa de evitar a reviravolta. No entanto, um canto que Kiko cabeceia ao primeiro poste para o fundo da baliza de Mata, deixa os Moustaches apenas a um golo do empate.
Ao logo dos restantes minutos o Hangover defendeu com tudo e acabou salvo pelo apito do arbitro, com um resultado final difícil de interpretar. Pois tanto o Hangover produziu um futebol ofensivo avassalador e de grande qualidade, como revelou que a falta de experiencia da equipa pode ser fatal frente a um adversário experiente como os Moustaches. Ainda assim, o Hangover pode se orgulhar do que produziu e aprender com os erros cometidos, somando a primeira vitória na divisão Allstars.
por Rafael Monteiro