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Jogo

Liga C3, 2020-12-02 às 20:30 @ São Miguel

Nota do árbitro: 3

1 - 2

300300

MVP: Miguel Peralta

Inter de Melão vs Feyenudes

De reviravolta para a subida!

Numa noite carregada de emoção, o Feyenudes operou uma reviravolta já perto do final que lhe valeu os 3 pontos e a subida à Liga B, naquela que foi a segunda promoção do conjunto holandês em outras tantas épocas de torneio.

Noite de decisões no São Miguel, jogando-se à mesma hora os dois jogos que definiam quem acompanhava o campeão Baile de Munique na subida à Liga B. À entrada para a jornada o segundo lugar pertencia ao Galaratavay, mas tanto o Feyenudes como os Pinos e Socceroos (que se defrontavam na outra partida) poderiam ainda chegar ao ambicionado objetivo.
No entanto a turma holandesa era a única que dependia exclusivamente de si própria, tendo para isso que bater um difícil conjunto do Inter de Melão. A equipa entrou com vontade de resolver as coisas cedo, mas nos primeiros minutos parecia acusar algum nervosismo, não conseguindo definir da melhor forma as jogadas de ataque que ia tendo devido a alguma precipitação no último terço.
Já a meio da primeira metade acabou por ser o conjunto italiano a ter a primeira situação de maior perigo, depois de uma jogada de bom envolvimento na qual António Tavares serviu Tomás Moita na direita, com este a rematar cruzado mas um pouco ao lado do alvo. Estava dado o primeiro aviso e pouco depois o Inter chegaria mesmo à vantagem. Na sequência de um pontapé de canto no qual a bola pingou para a entrada da área e foi de imediato devolvida para o seu interior, Francisco Vieira acabou em excelente posição perante Tiago Paul e com um pormenor de enorme classe passou o esférico por cima do guardião antes de atirar forte, de pé esquerdo, para o fundo das redes!
A reação do Feyenudes não se fez esperar, com Branco a ir lá acima numa bola parada e a desviar de cabeça à boca da baliza, mas a ver o esférico a beijar a parte superior da trave! Que perigo!
Até ao intervalo o conjunto holandês manteve-se mais instalado no meio-campo contrário, mas o Inter mostrou uma excelente organização defensiva e não consentiu qualquer ocasião de maior perigo ao adversário.

Durante o descanso Branco puxou pelas suas tropas e o início da etapa complementar trouxe um Feyenudes com maior incisão na busca do golo. Logo a abrir surgiu a primeira grande oportunidade para o empate, com Quinta a ir para cima do adversário e a fugir para o disparo com o pé menos forte, que apesar de algo enrolado saiu com grande perigo e a centímetros do poste. A visível boa entrada dos holandeses iria pouco depois permitir a Peralta introduzir a bola no interior da baliza, num em que a equipa ainda festejou mas no qual o árbitro da partida não precisou de recorrer ao vídeo-arbitro para anular por posição irregular.
Ainda assim a equipa não deixou de carregar, perante um conjunto do Inter de Melão que numa fase muito prematura já procurava congelar o jogo e queimar algum tempo útil do mesmo. Beja (estrangeiro) era um dos que tentava agitar o ataque e fazer a diferença através da sua qualidade individual, trabalhando bem sobre um defesa com a sua típica simulação de remate e disparando forte de canhota, no entanto à figura do guarda-redes Guilherme.
Apesar do domínio, o Feyenudes não se livrou de um enorme susto, num contra-ataque rapidíssimo conduzido por Francisco Vieira que foi até ao fim evitando vários adversários e só não acabou a celebrar fruto de uma enorme defesa com as pernas de Tiago.
O tempo começava a escassear e o Feyenudes precisava de arriscar tudo, abdicando de um dos 3 defesas para colocar mais um homem no meio-campo junto a Peralta e jogar com mais unidades na frente. Peralta, com o seu pulmão incansável, era mesmo quem ia levando a equipa holandesa para a frente e acabou por ser ele quem foi determinante para o empate, numa grande arrancada pela direita que só foi travada já dentro da área e com recurso à falta. Oportunidade de ouro para o Feyenudes reentrar na partida, com o camisola 10 Quinta a assumir a responsabilidade perante Guilherme e a fazer o disparo decidido para o 1x1!
Sobravam poucos minutos para o final e o empate poderia não chegar para os holandeses (os Pinos acabariam por vencer no jogo à mesma hora), pelo que Branco deu ordem para manter a pressão na busca da reviravolta. E foi precisamente num momento de pressão e pelo próprio capitão que surgiria a cambalhota no marcador, com o esférico a acabar em Branco (já a jogar como ponta de lança) após a recuperação alta e este a disferir um pontapé de raiva que furou as pernas de Guilherme e as redes italianas, soltando a loucura nos festejos holandeses!
Nos instantes finais a equipa holandesa meteu trancas à porta na hora de defender a vantagem mínima e acabou a celebrar com toda a justiça a subida de divisão.

por Gonçalo Custódio