SÓ MAIS TRÊS!
Neste confronto da 15ª jornada da Liga B1, os Bate N’Avó enfrentaram os já coroados campeões, Liverpinos. Este jogo revestia-se de extrema importância para ambas as equipas, mas por razões distintas. Os Bate N’Avó almejavam capitalizar as escorregadelas dos Frankfruta e GMD, aproximando-se e entrando na luta pela subida de divisão. Por outro lado, os Liverpinos aspiravam a continuar a sua campanha histórica, procurando estender a sua série de vitórias na liga para 15 consecutivas.
O embate começou com a intensidade característica dos Liverpinos, mas foi a equipa da casa que primeiro ameaçou. Lourenço Lima, numa arrancada pela direita, cruzou com precisão para António Veiga (estrangeiro), que, no segundo poste, soltou um disparo estrondoso que embateu na trave! Veiga voltou a estar perto do golo, desta vez num cabeceamento, mas não conseguiu desviar a bola o suficiente para bater Francisco Nascimento. Os Bate N’Avó iniciaram o jogo de forma avassaladora, mas uma obra de arte de Guilherme Catarino virou o jogo de pernas para o ar. Após um lançamento lateral, a bola encontrou Guilherme, que de primeira em volley marcou um golaço digno de se lhe tirar o chapéu! Estava feito o 1-0 para os Liverpinos! Com a vantagem alcançada, os campeões, conscientes dos seus objetivos, ficaram à vontade para ceder a posse de bola ao adversário e adotaram uma postura mais expectante. A concentração e organização defensiva liderada por José Nascimento permitia aos poderosos Liverpinos abordar o jogo da maneira que quisessem e mesmo sem bola mantinham-se muito perigosos. Com a equipa recuada, o ritmo do jogo abrandou e as oportunidades rarearam, com Benjamim Freitas (estrangeiro) a ter a única chance antes do intervalo ao driblar alguns adversários pela direita e rematar com potência, mas sem a direção desejada.
Na segunda parte, uma invenção de Guilherme Catarino numa zona proibida resultou numa perda de bola para Jorge Ferreira que ficou isolado, mas Francisco Nascimento agigantou-se na baliza e fez uma defesa fenomenal. Logo depois, os Liverpinos tiveram uma excelente oportunidade para ampliar sua vantagem. Henrique Teixeira Duarte foi lançado pela esquerda e, com um toque de cabeça, conseguiu superar seu marcador e ficar frente a frente com Simão Figueira. O avançado, ligeiramente desviado para a esquerda, tentou colocar a bola em jeito, mas desviou-a demais e não acertou no alvo. Alguns minutos mais tarde, um contra-ataque dos Bate N’Avó colocou Benjamim Freitas em posição privilegiada para atirar à baliza, mas o médio não pegou bem na bola e o remate saiu desenquadrado. À medida que o final do jogo se aproximava, Diogo Durão conseguiu aproveitar um canto para ameaçar a baliza dos Bate N’Avó, mas o cabeceamento não foi na direção do golo. Pouco depois, Benjamim cobrou um livre lateral para o segundo poste, onde apareceu Pedro Queiró, forçando Nascimento a fazer mais uma excelente defesa. A equipa da casa sentia que estava perto de interromper a lendária sequência dos Liverpinos, mas, por mais que tentassem, não conseguiam superar Francisco Nascimento! Apesar de os Liverpinos estarem a ser colocados contra as cordas, continuavam perigosos nos contra-ataques, e Duarte Madeira conseguiu deixar o último defensor para trás, mas a bola escapou-lhe demais para o seu pé esquerdo, e teve de rematar em esforço para uma defesa fácil. A última verdadeira chance dos Bate N’Avó empatar veio dos pés de António Veiga, que face a demasiado espaço permitido pelos Liverpinos rematou do meio da rua para uma defesa brilhante de Nascimento, que desviou a bola contra a trave! Nos minutos finais, os Liverpinos conseguiram resistir às investidas da equipa laranja e preta e garantiram mais uma vitória!
Com esta vitória, os Liverpinos estão agora a apenas três jogos de completar a Liga B1 com um registo imaculado! No entanto, ainda não são favas contadas. Terão de ultrapassar os segundos classificados Frankfruta, que têm estado em queda livre e arriscam-se a perder o 2º posto que têm mantido há tanto tempo. Além disso, enfrentarão os Sempudor, que lutam com unhas e dentes pela manutenção, e os Smoke City, que têm um olho na subida e outro na descida. Por outro lado, os Bate N’Avó poderiam ter-se juntado a GMD e Frankfruta numa luta a três pelo lugar de subida. No entanto, agora terão de garantir resultados excelentes nos últimos três jogos para subirem de divisão.
por Carlos Macedo