Futah na final da Champions Allstars!
A meia final da Champions contou com a presença de Pornmouth e Futah, duas das equipas mais fortes da Divisão Allstars, tendo a Futah fixado o resultado já perto do final em 3-2.
O árbitro apitava para o início da partida e percebia-se logo a importância deste jogo. Muita intensidade de parte a parte, luta em todos os duelos para ganhar a bola. Prometia um grande jogo.
Melhor começava o Pornmouth, pois nem cinco minutos tinham passado e as redes da Futah já abanavam. Livre direto de Francisco Demony a encontrar o interior do poste da baliza adversária e estava feito o 1-0. É um senhor golo do avançado inglês que aproveitava logo a primeira oportunidade do jogo.
No entanto, estamos a falar da equipa do momento e nem três minutos depois tínhamos o golo do empate. Jogada de contra-ataque dos tunisinos com Bernardo Serpa Gonçalves a fazer um passe fantástico que isolava o estrangeiro Pedro Nunes. Este com Bernardo Pile à sua frente, atira de trivela a contar. Todos os pormenores deste golo são de classe mundial!
Seguiu-se um período de alguma contenção. A bola passeava muito de um lado para o outro, as equipas testavam-se, mas primava o jogo defensivo. Não havia oportunidades de golo e a razão era essa.
A primeira parte veria apenas duas tentativas menos tímidas do estrangeiro Pedro Além, que por duas vezes rematava ao lado do alvo pretendido.
Chegava o segundo tempo, estava tudo empatado e de alguma forma “cheirava” a que a partida seria desempatada por grandes penalidades. Para o adepto de futebol esta ingenuidade era entusiasmante, pois era forma de, apesar de pouco, ver mais deste bom futebol.
A primeira oportunidade da segunda parte, nascia de um cruzamento/remate de Edson Abreu, que por pouco não enganava Pile e obrigava este a mandar para canto. Pile que estaria em evidência mais uma vez, após defender, também para canto, uma tentativa de Diogo Moreira que saltava mais alto que todos na área do Pornmouth.
O sentimento de possível empate ia mudando, os minutos iam passando e a Futah ia mostrando o porquê de ter apenas dois empates numa época em que o resto é só vitórias. Antoine Sarnago conduzia a bola com classe e deixava para Pedro Nunes, que lançava um rocket na direção do alvo, tendo guardião “anti-golo” socado a bola para longe dali.
Mas era inevitável; canto de Antoine para o centro da área, com Edson a aproveitar uma das poucas desconcentrações dos ingleses. De cabeça, atirava para o 2-1!
Os experientes tunisinos punham-se na frente, mas davam nos minutos seguintes davam oportunidade a que os seus adversários subissem no campo. Foi um erro pois a ligeira subestimação dos seus adversários deu o empate e o nascimento da nova esperança inglesa.
O rápido e talentoso estrangeiro Pedro Além conduzia a bola rápido pelo meio-campo, deixando jogadores adversários para trás e abrindo espaços na sua ofensiva. Chegava à entrada da área da Futah e tentava um passe a rasgar, que seria cortado. Azar para os tunisinos, pois a bola antes de encontrar o fundo das redes da sua baliza, encontrava o pé esquerdo de Tiago Oom Sousa. Teríamos mesmo um desempate por grandes penalidades?
Não! Víamos um defesa a ser herói e depois vilão. Diogo Santos salvava o Pornmouth cortando a bola na linha de golo, após jogada fabulosa entre Tomás Gama e “Bernas”. Era a face heróica do defesa que tinha feito uma espetacular partida.
A face do vilão saía de forma involuntária e muito azarenta. A razão foi uma e tinha nome de homem do jogo. Edson Abreu fugia à defesa com uma correria desenfreada, até que cruzou para o seu colega que esperava no segundo poste. A verdade é que a bola não lá chegaria; seria desviada por Diogo Santos para a sua própria baliza e desespero. “Morria” na praia o Pornmouth, como tantos outros ingleses fizeram antes dele.
Excelente partida de futebol, levada a melhor pelos primeiros classificados da primeira divisão desta liga amadora. O Pornmouth tem de ficar orgulhoso com esta prestação, pois viu o resultado fugir apenas no final do jogo. Futah fica à espera do adversário que será FC Grimo ou Iraque Unita.
Crónica por Gonçalo Dias
por Henrique Zilhão