Hammers quebram longo jejum!
Numa verdadeira série negra, sete derrotas para o campeonato de forma consecutiva, os martelos quebraram o enguiço à custa dos tenistas!
Jogo entre duas formações a precisarem de pontos com urgência, e ambas com bastantes baixas para esta noite, tendo os ATP começado com o mister Tomás Morais em campo (um regresso a outros tempos) até à chegada de João Pacheco. A primeira parte correu de feição aos Hammers, um facto que não poderá estar dissociado do capitão Gonçalo Peixe ter começado de fora.
Inspirado, Francisco Palma abriu a contagem num golo de bandeira, um tiraço do meio da rua forte e colocado, sem qualquer hipótese para André Pereira. Reagiram os ATP, e seria a vez de Martim Peixe brilhar, com uma dupla defesa na sequência de uma bola parada, primeiro a travar um remate vindo do meio da confusão (pareceu-me Pedro Ferreira), depois a negar o golo a Ricardo Martins na recarga, com nova grande parada.
Minutos volvidos, Martim novamente a negar o golo aos tenistas com uma boa defesa a um remate exterior. De um lado sem eficácia, do outro quase total: Duarte Rico a recuperar uma bola muito adiantado no campo (a defesa a vacilar) e a servir Ivan Silva (estrangeiro) que não iria perder tão clamorosa ocasião para aumentar a contagem. Pouco depois, novo erro defensivo dos ATP com João Zanatti com um passe suicida a isolar Rico, remate travado por André, que com grandes reflexos travou ainda a recarga de João Jacinto.
A segunda parte começou com os tenistas a carregarem forte, muita pressão no adversário na procura do golo. De bola parada o perigo andou a rondar, pouco depois foi Hugo Anão a recuperar a bola quase na área contrária, e depois de ângulo apertado a rematar cruzado e ao lado, boa cobertura defensiva a levar Anão para a linha final, tirando o ângulo de remate.
De bola parada, Ricky bateu um livre forte e Martim defendeu com dificuldade. Só dava ATP no ataque, mas seria defensivamente que a equipa ia claudicar novamente. Muita passividade defensiva dos amarelos, com Peixe a ler bem o jogo e com um passe de mestre a isolar Rico, que em velocidade contornou André evitando a saída do mesmo, e finalizou à vontade.
Parecia ser o ponto final no jogo, mas estávamos todos redondamente enganados, os ATP nunca baixam os braços e assim foi, e puseram os Hammers em sentido até final.
O 3x1 chegaria numa jogada de Ricky pela direita, a furar e servir ao centro onde Anão fez o golo fácil (o seu 466º golo no Allstars) e já na recta final do jogo, foi Ricky a diminuir a diferença no marcador para a margem mínima, na cobrança de um livre directo, com Martim a dar numa de Roberto e borrar o que tinha sido uma boa exibição.
Ainda falta algum (pouco) tempo para jogar, os ATP carregaram mesmo que sem grande discernimento perante um adversário que defendeu com tudo, segurando a vantagem que lhes permitiu saborear a vitória para o campeonato pela primeira vez desde… Julho! A sete jornadas do fim, as equipas estão ambas em situação difícil na tabela.
por Ricardo Solnado