Jupiter faz o pleno no grupo G!
Na derradeira jornada da Taça, Jupiter e Míticos Doutromundo encontravam-se com o primeiro e segundo lugares do grupo ainda por decidir. A turma da Divisão Allstars tinha a passagem às eliminatórias carimbada, mas os alemães ainda podiam sair do grupo como líderes (ou como eliminados, dependendo de resultados terceiros), no caso de vencerem este jogo. Essa que era uma tarefa bastante improvável, mas na festa da Taça, tudo pode acontecer.
O Jupiter entrou com uma postura dominante na partida, logo a acumular alguns cantos junto da área alemã, sem que nenhum acabasse por levar perigo iminente à baliza defendida por Tiago (estrangeiro). Os Míticos apostaram numa linha defensiva extremamente subida e nem sempre estava a ser fácil para os Galáticos arranjar espaço para chegar de forma criteriosa ao último terço, isto até que uma boa saída de pressão de Ricardo Mil-Homens resultou num passe para Rodrigo Remondes à esquerda e este, com a sua velocidade estonteante arrancou pelo corredor e descobriu André Marques ao segundo poste, que em esforço atirou à malha lateral. Remondes continuava a ser a peça mais ameaçadora do lado do Jupiter e, pouco depois, foi servido por Guilherme Caetano, que trabalhou bem de costas para a baliza e soltou no aparecimento do ala esquerdo, que recebeu e tentou um remate com a parte exterior do pé, mas a boa saída de Tiago, permitiu-lhe captar o esférico. Depois dos primeiros avisos da turma treinada por Tiago Sequeira, foi a vez dos rapazes de António Gama darem uma amostra da sua qualidade, primeiro numa boa iniciativa de Francisco Morais, que conduziu pelo centro e atirou à entrada da área, ainda a sofrer um desvio e a passar por pouco ao lado. Em seguida, na sequência de um canto, a bola sobrou para Bruno Penajóia e este tentou um belo remate em arco, que passou pertíssimo da baliza! O Jupiter continuava a ver-se obrigado a jogar nas costas da defensiva de amarelo e Mil-Homens colocou na desmarcação de Caetano, que conseguiu um remate na passada, mas viu Tiago negar-lhe o golo. O trabalho ia aumentando para o keeper alemão, que ainda foi obrigado a duas intervenções antes do intervalo chegar: primeiro foi Martim Carvalho a receber de peito ao centro e a soltar em Marques, que atirou de longe e de um ângulo complicado para defesa apertada de Tiago e, em seguida, uma excelente combinação entre Caetano e Marques, resultou num remate do primeiro à queima-roupa, mas Tiago voltou a brilhar. Quem também brilhou do lado contrário foi Nuno Guedes (estrangeiro) ao parar um tiro do meio da rua de André Marques, com o camisola 88 a obrigar o guardião a fazer uma defesa vistosa por instinto e com a bola ainda a ir ao encontro da trave! Faltava eficácia e o nulo prevalecia ao intervalo.
A alteração tática do Jupiter ao intervalo trouxe rapidamente frutos, com dois avançados a criarem maior desconforto para a linha defensiva dos Míticos. Acabou por ser da qualidade de Guedes com os pés que nasceu o golo inaugural na partida, com o keeper a bater longo para a direita, onde estava Remondes e este fez o resto ao receber, fletir para o centro e fazer um remate rasteiro e venenoso junto ao primeiro poste! Estava finalmente quebrado o enguiço! A decisão em adotar uma linha tão subida contra uma equipa como o Jupiter, com jogadores tão velozes, quase voltou a ter repercussões para os Míticos, quando José Sá descobriu Caetano à esquerda e este conduziu até à área contrária, onde voltou a perder no duelo com Tiago. Seguiram-se largos minutos em que o Jupiter tirou o pé do acelerador e ia deixando os Míticos aproximarem-se cada vez mais da sua área, mas os alemães não estavam a conseguir acertar no último passe e, por conseguinte, Guedes não estava a ser incomodado. Quando faltavam cerca de 10 minutos para o apito final, eis que surgiria o 2-0 para os Galáticos: excelente reação à perda de Caetano a intercetar o esférico, que caiu na zona predileta de Martim, que soltou no momento perfeito para a desmarcação de Remondes, que a alta velocidade ainda teve a frieza de tirar o keeper da jogada antes de atirar a contar para o bis! Os azuis-celestes podiam finalmente respirar de alívio. Ainda assim, os Míticos não baixaram os braços e aproveitaram uma desconcentração na saída de bola do Jupiter, em que João Luís foi recuperar em zona ofensiva e já só com o keeper pela frente, acabou por atirar ao lado do alvo! Grande perdida que o Jupiter não deixou passar impune, quando uma tentativa de canto estudado começou por não correr bem, mas os homens da casa foram mais agressivos nas divididas, e o lance terminou num remate de Martim, bloqueado por um adversário, mas que sobrou para a emenda de Afonso Maya Seco, que fez assim o 3-0 final!
Pouco mais haveria a assinalar até ao apito final, confirmando-se mesmo uma vitória que se traduz numa fase de grupos perfeita do Jupiter, 100% vitoriosa e com dez golos apontados e zero sofridos! Todos terminaram felizes, pois os Míticos também carimbaram a sua primeira passagem de sempre às eliminatórias, mesmo com esta derrota!
por Redação Allstars