Jogo

Taça, 2025-12-09 às 23:00 @ Inatel

Nota do árbitro: 5

1 - 4

200200

MVP: Francisco Pignatelli

Jardim do Éder vs P´Mouth FC

P’Mouth atropela na final da taça e fica a um passo do segundo triplete!

Chegou o dia da final da Taça Allstars e o ambiente no Inatel estava ao rubro, com um nevoeiro acentuado a alimentar esta noite de suspense. Entravam em campo duas equipas com histórias muito diferentes nesta competição. De um lado o P’Mouth, com quatro títulos e cinco finais, do outro, Jardim do Éder, sendo esta a sua primeira final. As odds apontavam 3,13 para a turma dirigida por Zé Miranda e 1,47 para os comandados de Manuel Gil Almeida, mas muitos esperavam uma surpresa para travar o triplete dos ingleses.

Rolava a bola no Inatel e para choque de alguns, a primeira oportunidade surgiu para a turma de manto amarelo. Depois de receber dentro da sua área, Luís Nobre Guedes levantou a cabeça e colocou um passe longo até João Moreira que trabalhou bem pela direita e cruzou teleguiado até Pedro Anahory que tentou finalizar de cabeça, mas à figura e Bernardo Pile controlou o perigo, sem dificuldade. O Jardim do Éder voltou a ameaçar pouco depois, mais uma vez pelos pés de Moreira que bateu um livre venenoso, mas não houve nenhum desvio e a bola saiu pela linha de fundo. Foi então que o P’Mouth reagiu, depois destes primeiros minutos inativos, com uma jogada construída com paciência na zona defensiva, Gabriel Petterle recebeu, viu Francisco Pignatelli a aparecer nas costas da defesa, picou a bola com qualidade e o restante foi feito pelo avançado que galgou pela ala esquerda e finalizou com um remate rasteiro que atrapalhou o guardião adversário e só parou no fundo das redes. Foi assim feito o primeiro desta final, 0-1! Depois da inauguração do marcador, houve cerca de cinco minutos sem oportunidades, com ambas as equipas a apalparem terreno e foi então que os ingleses voltaram a carregar no último terço: Manuel Serrador cruzou para o coração da área, Lourenço Sousa Coutinho saiu-se e conseguiu socar a bola, mas esta caiu nos pés de Pigna que já nos habituou a momentos ofensivos brilhantes, o camisola onze trocou as voltas ao defesa adversário, puxou para o pé direito e rematou com força cruzado, para aumentar a vantagem! 0-2 no marcador e o Éder estava a ficar em maus lençóis. O P’Mouth não tirava o pé do acelerador e mais tarde, depois de um atraso infeliz por parte de Moreira, o esférico chegou novamente até Pigna, sozinho no meio dos centrais, de frente para a baliza, o avançado ativou o seu instinto matador e conseguiu fazer o 0-3 com um remate rasteiro que não deu hipótese ao guardião. Foi mais um para a conta pessoal e estava garantido o hat-trick! Depois deste golo, o jogo já não estava a correr nada bem aos jardineiros e a pressão dos ingleses era muito alta, com algumas oportunidades que não foram convertidas por pouco. O resultado ao interavlo era de 0-3 e o Jardim do Éder tinha de mudar completamente a sua abordagem se quisesse dar a volta na segunda metade.

Já no segundo tempo, víamos os amarelos com mais energia e parecia que a paragem lhes tinha feito bem. A troca de bola estava a sair melhor e em terreno mais ofensivo. No entanto, quando tudo estava a correr bem, um erro na saída de bola estragou tudo, quando um passe destinado ao ponta de lança foi intersetado por Diogo Santos, o central colocou de primeira na profundidade, onde apareceu Pigna, acabado de sair do banco, o avançado tocou de cabeça para ganhar na velocidade e finalizou com frieza para o 0-4! O nome do craque dos azuis e brancos fica assim marcado com este poker numa final da taça! A atitude dos homens liderados por Francisco Chichorro foi de louvar, nunca baixaram os braços e continuaram a insistir no último terço, mas a muralha azul estava impenetrável, com defesas muito rápidos e experientes que não se deixavam bater com facilidade. O Jardim do Éder viu este esforço recompensado ainda com mais de 10 minutos no relógio: boa leitura de Guedes, o central antecipou-se ao avançado e tocou para António Xara Brasil, o médio abriu para Moreira, bem posicionado pelo lado direito e seguiu-se um cruzamento para Pedro Mello Vieira que teve a execução perfeita, com uma finta de corpo tirou o adversário da frente e finalizou de pé esquerdo com muita qualidade. Foi assim feito o golo de honra e o marcador apontava 1-4! Quem foi das principais peças amarelas foi Duarte Vilarinho, com um pulmão acima da média, foi dos jogadores mais utilizados e não mostrava sinais de cansaço, tendo também sido importante com alguns passes e dribles que serviram para destabilizar a defesa inglesa. Ao cair do pano, Pigna foi derrubado em falta em zona muito perigosa e assumiu a cobrança do livre para tentar fazer o quinto, mas Lourenço barricou a sua baliza e conseguiu impedir o golo com uma boa defesa.

Foi então que soou o apito final e o P’Mouth sagrou-se campeão da Taça Allstars, pouco depois de conquistar a Champions. A turma liderada por Pile continua a ser a única que já celebrou um triplete e, com tudo em aberto para a última jornada da Divisão Allstars, os ingleses podem voltar a fazê-lo na próxima terça-feira. Por agora, resta aproveitar esta semana de descanso e celebrar mais uma conquista merecida!

por Miguel Barrosa