Heróis do Bar e Real Betos FC anulam-se em duelo equilibrado e de poucas brechas
Num encontro marcado pela entrega, intensidade e equilíbrio tático, Heróis do Bar e Real Betos FC protagonizaram um jogo muito disputado, onde as defesas prevaleceram sobre os ataques e cada oportunidade criada exigiu precisão máxima. Apesar das tentativas de ambas as equipas, o marcador teimou em não mexer, refletindo a organização defensiva e a falta de frieza no momento da finalização.
O Real Betos entrou melhor e criou o primeiro lance de perigo do encontro. António Baptista rompeu pelo corredor com velocidade, chegou à linha de fundo e tirou um cruzamento tenso, mas nenhum colega apareceu para dar o toque final. O Heróis do Bar respondeu minutos depois através de uma bola parada muito bem trabalhada: o canto batido para a entrada da área encontrou Francisco Demony, que encheu o pé e obrigou o guarda-redes adversário a uma defesa de grande nível. A partir daí, Demony tornou-se a principal fonte de desequilíbrio, especialmente no duelo direto, criando dificuldades constantes à linha defensiva do Betos. Ainda assim, o conjunto visitante soube reagir e novamente por António Baptista esteve perto de marcar, numa arrancada fantástica seguida de uma simulação que tirou o defesa do caminho, mas o remate saiu à figura, permitindo ao guardião resolver à segunda.
A segunda parte iniciou-se mais fechada, com ambas as formações a adotarem maior disciplina tática e a reduzir os espaços entre linhas. O Heróis do Bar tentava desbloquear o encontro e quase o conseguiu num canto muito bem batido por José Pereira, encontrando Tomás Cintra ao primeiro poste para um cabeceamento forte, mas a bola saiu a rasar o alvo. O Real Betos respondeu com aquele que foi talvez o seu lance mais flagrante: João Resende recebeu entre linhas, tirou o defesa do caminho e apareceu isolado diante do guardião, mas o remate rasteiro e pouco potente permitiu a defesa segura de José Bentes. Já nos minutos finais, os Heróis estiveram perto de decidir o duelo. Luís Lopes ganhou espaço pelo corredor e serviu a bola para a zona da baliza, João Alves ainda conseguiu o desvio, mas faltaram centímetros para que a bola atravessasse a linha.
O empate ajusta-se ao que foi o jogo: duas equipas intensas, solidárias e organizadas, mas incapazes de transformar as poucas oportunidades claras em golo.
por Rodrigo Nunes