Jogo

Liga A2, 2025-11-20 às 23:00 @ Inatel

Nota do árbitro: 4

0 - 2

000200

MVP: José Nascimento

Países Baços vs Liverpinos

Liverpinos quebram a muralha dos Países Baços e seguem imparáveis na luta pela subida!

O duelo da Liga A2 colocava frente a frente duas equipas em extremos da tabela, os Países Baços chegavam ao encontro no último lugar com apenas nove pontos e já a sete da manutenção, enquanto os Liverpinos surgiam na quarta posição e a somente três pontos dos lugares de promoção, sabendo que não podiam escorregar se queriam continuar a sonhar com a subida. O cenário prometia um duelo intenso com duas equipas a jogar sem medo.

A primeira parte foi um autêntico monólogo dos Liverpinos, que entraram fortíssimos, assumiram as despesas desde o primeiro minuto e acumularam oportunidades claras de golo. A primeira chance surgiu num lançamento teleguiado de José Nascimento que encontrou Diogo Durão completamente sozinho no segundo poste, o avançado tinha tudo para marcar mas acabou por cabecear por cima desperdiçando um golo cantado. Logo a seguir nova oportunidade monumental, novamente por intermédio de José Nascimento que cruzou com precisão para Guilherme Catarino, o avançado rematou a centímetros da baliza mas João Alves respondeu com uma defesa extraordinária. As bolas paradas continuavam a gerar perigo e foi a vez de Duarte Madeira surgir ao segundo poste para cabecear por cima, aumentando a frustração da equipa inglesa. O momento mais polémico da primeira parte chegou quando Diogo Durão cabeceou à barra, a bola bateu sobre a linha e toda a equipa reclamou golo mas o árbitro mandou seguir, na recarga o mesmo jogador voltou a rematar mas João Alves fez mais uma defesa de outro mundo. O intervalo chegou com um surpreendente 0-0 apesar do domínio absoluto dos Liverpinos.

A segunda parte arrancou com a mesma toada e logo nos primeiros instantes Diogo Durão isolou-se pela esquerda mas voltou a encontrar João Alves no caminho, o guarda redes estava numa noite inspirada e parecia capaz de defender tudo. Pouco depois Miguel São João tentou surpreender com um remate de longe que saiu a roçar a trave. Com o passar dos minutos os nervos começaram a apertar, a pressão aumentava e a bola teimava em não entrar, João Caldas teve também uma ocasião de ouro mas voltou a ver João Alves negar-lhe o golo com uma defesa incrível. Os Liverpinos jogavam cada vez mais no meio campo adversário, acumulavam remates, recuperações e cruzamentos e o golo parecia uma questão de tempo. A recompensa surgiu da forma que o jogo já anunciava, num lançamento lateral de José Nascimento que colocou a bola no primeiro poste onde António Angeja Filipe atacou o espaço e cabeceou com categoria para o tão merecido 0-1! Logo depois os Liverpinos estiveram novamente perto do golo com José Nascimento a rematar ao poste após insistência na área contrária. Mesmo com a vantagem mínima o jogo continuava totalmente aberto e a formação inglesa intensificou ainda mais o assalto à baliza adversária, Duarte Madeira cruzou uma bola perfeita para João Caldas que na pequena área atirou por cima desperdiçando uma oportunidade escandalosa. Nos minutos finais o jogo transformou-se num autêntico sufoco ofensivo para os Países Baços, os Liverpinos ocupavam praticamente todo o meio campo ofensivo e carregavam com tudo, cada bola parada era uma ameaça e cada cruzamento parecia poder decidir o encontro. A confirmação da vitória acabou por surgir num canto batido por Gonçalo Feijó, a bola ficou perdida na pequena área e Duarte Madeira apareceu no sítio certo para rematar certeiro e fazer o 0-2! O segundo golo explodiu em festa e matou definitivamente um jogo que os Liverpinos já tinham feito por merecer muito antes.

Os Liverpinos venceram por 0-2 num encontro totalmente controlado, pecando apenas na finalização e encontrando pela frente uma exibição absolutamente gigante de João Alves que adiou o inevitável até aos minutos finais. A formação inglesa somou três pontos vitais para se manter viva na luta pela subida, enquanto os Países Baços continuam numa situação muito delicada e cada vez mais pressionados pela ameaça de descida.

Por Miguel Henriques.

por Pedro Chantre