Panathimankos são esmagados pelo Inter de Melão
Jogo rasgado com alma de pana mas com um melao mais assertivo e inteligente.
Desde início a turma de Melão mostrou em campo o desejo que tinha da vitória. Num arranque muito perigoso, Catalão disparava a rasar o poste. Entrada determinada para tomar conta do jogo, impedindo que os Mankos construíssem uma jogada com pés e cabeça.
Não foi preciso esperar muito para a primeira oportunidade flagrante: após uma boa circulação do Inter, Catalão aparece a fugir nas costas da defesa adversária e saca penalty.
Chamado à marca do castigo máximo, Tavares não perdoa e atira a contar. A bola foi metida à direita rasteira e com força. Fred ainda adivinhou o lado mas a bola foi bem puxada à malha lateral.
Num ataque rápido pela esquerda, os Panathimankos não conseguiram mais do que uma sucessão de remates à muralha defensiva solidária dos de Melão. Com o desenrolar da partida, os Panathimankos aproveitam espaços nas costas da defesa alta e pressionante do Inter. Contudo, o jogo dos gregos vive mais do coração do que da cabeça, e não foram poucas as vezes em que o Inter recuperava a bola no meio campo ofensivo e aproveitava o desequilíbrio defensivo dos gregos para criar perigo. Tal aconteceu e Moita obrigava Fred a uma grande defesa.
Novamente, os Mankos perdem na primeira fase de construção pela pressão de Catalão e o lance termina num golo anulado por fora de jogo. Mas o aviso estava dado. Depois são os gregos que têm um lance com bonito desenho ofensivo mas que acabou por não produzir perigo substancial para o Inter.
No final do primeiro tempo, o domínio era dos Mankos mas foram os de Melão que chegaram ao golo por Nicolau a encostar para o segundo após um contra ataque à esquerda.
Nota ainda para um canto dos gregos que estiveram perto de reduzir, mas Leite não conseguiu dar a redonda à baliza.
O intervalo fez bem à turma de Melão que aproveitou a pausa para afinar o seu 2x4x1. Com acerto das marcações e maior competência na transição defensiva, o jogo dos Panathimankos ficava desligado e dependia de rasgos individuais.
Por isto, o jogo era do Inter. Tomás Campilho conduz e encontrou Tavares solto à direita mas o remate sai por cima.
O terceiro do Inter resulta de uma bola mal aliviada dos Mankos que permitiu a Vieira um grande remate cruzado, tenso, rasteiro e na gaveta inferior esquerda.
E quem marca três, também marca quatro. Pouco depois foi Moita a assinar um bom golo num remate na meia direita.
Face à inevitabilidade da vitória, o Inter foi procurando gerir a partida, e abrandou o ritmo. Mas a grande mais valia dos Panathimankos era o seu espírito combativo, ainda que pouco coordenado. Por isso, insistiram, com mais coração do que cabeça e, na zona frontal, Leite assina o golo da noite ao converter um livre directo de grande qualidade. O irreverente jogador dos Mankos pontapeou a bola com CR7 nos habituou e fez um golo que levantaria um estádio.
O golo entusiasmou os gregos, que logo de seguida viram Graça a surgir em zona de finalização. Contudo, a pressão do defesa adversário fez com que o tiro saísse enroscado e ao lado da baliza. Do outro lado, Tavares tentou imitar Leite mas Fred esticou-se para uma grande defesa.
As ameaças dos Panathimankos acalmaram mal o Inter voltou a subir a rotação do seu jogo e, até final, foi da equipa de Melão que surgiram as grandes oportunidades de dilatar a vantagem.
Bom sinal da turma de Melão nesta 2ª jornada da liga C3, mostrando uma ideia clara de jogo assente na posse e num bloco compacto e alto para recuperar a bola em terrenos do “inimigo”.
por José Miranda