Missão Impossível!
Numa partida em que os banqueiros ficaram limitados logo bastante cedo na partida, após expulsão de Esquível, de louvar a sua atitude, que apesar de se terem encontrado em inferioridade numérica, nunca se fecharam na sua defesa e procuraram jogar sempre de igual para igual. No entanto, quando do outro lado está um adversário com o poderio dos Azerbeijolas a tarefa é bastante complicada e se é verdade que os banqueiros conseguiram manter a partida equilibrada durante grande parte dos 50 minutos e, até depois de estarem a perder por duas bolas, estiveram perto de empatar, o desgaste natural de jogar em inferioridade numérica acabaria por ser sempre fatal frente a uma linha ofensiva como a dos sintrenses, que nos minutos finais podiam mesmo ter alcançando um resultado por números ainda maiores.
Como seria de esperar, o jogo começou sob alta intensidade, com os banqueiros em alta rotação, a pressionarem bastante e com os sintrenses a tentarem aplicar a sua habitual posse de bola. Os espaços no entanto eram poucos e a primeira situação de golo só surgiu de bola parada. Num canto estudado, a bola chegou a Gaspar que rematou rasteiro para grande estirada de Esquível.
E ainda bastante cedo na partida, chegou um momento crucial na partida. Esquível defendeu a bola com a mão fora da área quando Martim se ia isolar e acabou expulso, deixando a equipa a jogar com menos um e promovendo a estreia precoce do seu irmão Lourenço, numa partida para homens de barba rija. O jovem guardião no entanto não acusou a pressão e pouco depois após entrar brilhou com uma grande defesa a remate de Fino! No entanto, pouco depois, após Martim ser carregado em falta na grande área e o árbitro apitar para a marca dos onze metros, Esquível nada pode fazer para evitar que o especialista Camélia inaugurasse o marcador.
Os sintrenses, como é seu hábito, não tiraram o pé do acelerador e pressionaram à procura de alargar a vantagem. No entanto, apenas por uma vez voltaram a estar perto do golo, quando após uma grande combinação entre Alex e Gaspar, o lateral cruzou para a área onde Tomás Costa (estrangeiro) encheu o pé, valendo aos banqueiros Lourenço Álvares, que deu o corpo à bola, redimindo-se assim da grande penalidade cometida.
Mas os banqueiros aos poucos, adaptaram-se à inferioridade numérica e quem chegou ao CIF ao intervalo, nem notou que os banqueiros jogavam com menos um, numa atitude de jogo pelo jogo, na procura do empate. No entanto, quem marcou foram mesmo os Azerbeijolas! Numa grande jogada, Gaspar lançou Fino nas costas da defensiva banqueira, e o médio cruzou para a pequena área onde apareceu de rompante Figueiroa a desviar para o fundo das redes!
Os banqueiros responderam de imediato, e após Nuno Morais, recuperar uma bola quase na grande área adversária, a bola sobrou para Melo que encheu o pé e atirou a contar! E pouco depois, após ser isolado por Bernardo, o avançado teve nos pés a oportunidade de empatar a partida, mas acabou por rematar forte mas à figura de Telmo. No entanto, em inferioridade numérica, tal exigência acabou por desgastar demasiado os banqueiros e com naturalidade, os Azerbeijolas pegaram no jogo a partir daí.
Após excelente assistência de Camélia, Fino rematou de fora da área muito perto da baliza de Esquivel. E pouco depois, após o aviso, o médio fez o gosto ao pé! Após excelente trabalho de Cotta na linha lateral, a fugir a dois defesas, o lateral tocou para Fino que já na área rematou fora do alcance de Esquível.
Os banqueiros nunca se fecharam, e com a falta de pernas a não ajudarem na recuperação defensiva, foi com naturalidade que as situações de golo foram-se acumulando para os sintrenses que acabaram por dilatar a vantagem. Após uma bola longa, Martim ganhou a linha e assistiu Figueiroa que encheu o pé e atirou a contar. E logo de seguida, Martim esteve muito perto de conseguir o merecido golo. O avançado recuperou uma bola na zona defensiva dos banqueiros, isolou-se, sentou Esquível e tocou para o fundo das redes mas Pedro Morais David apareceu in-extremis na linha de golo a impedir que a bola entrasse!
A bola teimava a entrar pelos pés de Martim, por isso, o avançado assistia. Já depois de Figueiroa, após excelente passe de Tomás a isolá-lo, acertar na barra, Martim recuperou uma bola e assistiu novamente o avançado madeirense que só teve de empurrar para o fundo das redes e assim completou o seu hat-trick! E já em cima do apito final, valeu Esquivel a impedir que Fino bisasse na partida, após excelente combinação com Camélia que o isolou de calcanhar.
Crónica de João Lopes Pereira
por Organização Allstars