Liverpinos Empata com Golaço, mas Esbarra em Noite Inspirada de Gonçalo Vitor
Num jogo dominado praticamente de início ao fim pelo Liverpinos, foi o Smoke City FC quem quase saiu com os três pontos, graças a uma eficácia surpreendente e a uma exibição monumental do guarda-redes Gonçalo Vitor, que adiou até ao limite o merecido empate da equipa da casa.
A partida começou com forte intensidade dos Liverpinos, que não tardaram em criar perigo. José Nascimento cobrou um canto para o primeiro poste onde António Angeja ganhou nas alturas, obrigando Gonçalo Vitor à primeira de muitas defesas da noite. Na recarga, o próprio Nascimento atirou por cima. O ímpeto ofensivo dos da casa continuou com combinações rápidas: Diogo Lampreia serviu Diogo Durão, que deixou para Tiago Sousa rematar de primeira — mais uma intervenção segura do guardião visitante. O domínio era claro. Duarte Madeira protagonizou um excelente lance individual pela direita, cortou para o centro e rematou rasteiro, com a bola a passar perigosamente perto do poste. Tiago Sousa voltou a desequilibrar pelo meio e assistiu Durão já dentro da área, mas mais uma vez Gonçalo Vitor saiu da baliza e fez a mancha decisiva.
A segunda parte trouxe o inesperado: o Smoke City, na sua primeira jogada de verdadeiro perigo, inaugurou o marcador. António Payan Martins arrancou pela direita, cortou para dentro e disparou rasteiro ao primeiro poste, assinando um grande golo, 0-1. Os Liverpinos não baixaram os braços e continuaram a carregar. Diogo Lampreia cruzou com precisão para o segundo poste e Durão tentou um cabeceamento em chapéu que saiu por cima. Logo depois, Duarte Madeira esteve a centímetros do empate com um livre direto ao poste. Mas a insistência foi finalmente recompensada — e com estilo. Num canto mal aliviado pela defesa do Smoke City, a bola sobrou para Carlos Pires à entrada da área. Sem hesitar, armou o remate e disparou uma verdadeira bomba que só parou no fundo das redes, num dos golos mais bonitos da jornada: 1-1. Já nos descontos, o Liverpinos teve a oportunidade de completar a reviravolta com uma grande penalidade. Diogo Durão foi chamado a bater, mas Gonçalo Vitor, em noite inspirada, defendeu. Ainda na sequência do canto, o mesmo Durão cabeceou para mais uma incrível defesa do guardião visitante, que segurou o empate quase sozinho.
por Miguel Costa