Onze razões para temer os M’Wall
O jogo entre M’Wall e GMD FC rapidamente deixou de ser um simples encontro da jornada para se transformar numa verdadeira demonstração de força por parte da formação da casa. Com uma exibição ofensiva absolutamente demolidora, os M’Wall venceram por uns expressivos 11-1, num jogo onde dominaram do primeiro ao último minuto.
O primeiro sinal de perigo veio cedo, quando Francisco Sousa, com espaço à entrada da área, disparou forte e acertou em cheio no poste, um aviso claro do que estava por vir. Pouco depois, João Rocha abriu o marcador com um remate colocado do lado direito, num gesto técnico de grande qualidade que deixou o guarda-redes sem reação. Os GMD FC ainda tentaram responder, com Guilherme Solipa a criar espaço e a obrigar Bruno Branco(estrangeiro) a uma defesa apertada, mas a resposta foi curta perante o caudal ofensivo adversário. M’Wall manteve o pé no acelerador e Rocha, inspirado, voltou a marcar com um remate de longe que encontrou o ângulo da baliza, um verdadeiro golaço. O jogo parecia descomplicado, e os lances de perigo sucediam-se com naturalidade. Afonso Coelho protagonizou uma jogada de encher o olho, ultrapassando dois adversários com classe, mas voltou a encontrar o guarda-redes dos GMD, Gonçalo Miranda, a negar-lhe o golo. Pouco depois, surgiu uma grande penalidade a favor dos M’Wall. Chamado a converter, João Maltez não tremeu e ampliou a vantagem. Mas não ficou por aí, logo a seguir, protagonizou um momento mágico, primeiro, um chapéu sobre o guarda-redes, depois de cabeça para dentro da baliza. Um golo pleno de improviso e frieza. Maltez completaria o hat-trick ainda antes do intervalo, após nova jogada de insistência ofensiva.
A segunda parte trouxe o mesmo guião, domínio total dos M’Wall. Logo no recomeço da partida, um lançamento lateral longo atravessou toda a área e foi finalizado com facilidade, aumentando ainda mais a contagem. Os GMD FC conseguiram um golo de honra por parte de Henrique Costa, aproveitando um erro na saída da defesa adversária. No entanto, foi apenas um pequeno intervalo numa maré inglesa imparável. Rocha voltou a aparecer, com mais um remate certeiro, selando o seu próprio hat-trick e continuando a brilhar numa tarde de inspiração. Mas os últimos 10 minutos pertenceram a Afonso Coelho, Tomás Caldeira e Francisco Sousa, que fecharam as contas com quatro golos de belo efeito. Afonso marcou dois deles, com desmarcações inteligentes e finalizações frias. Tomás Caldeira juntou-se à festa com um remate cruzado, e Francisco Sousa selou a goleada com um tiro à entrada da área que bateu o guarda-redes.
Com um futebol fluido, envolvente e letal na finalização, os M’Wall confirmaram o favoritismo e assinaram uma das vitórias mais expressivas da competição.
por Lourenço Carvalho