P’Mouth vence jogo eletrizante frente aos Jupiter FC e soma três pontos cruciais
À entrada da jornada 10 da Divisão AllStars, o ambiente era de grande expectativa. P’Mouth e Jupiter FC mediam forças naquele que prometia ser um dos encontros mais intensos da ronda – e não desiludiu. Com ritmo elevado, lances de pura adrenalina e talento espalhado pelo campo, o duelo terminou com uma vitória justa por 3-1 para os P’Mouth, que souberam ser letais nos momentos decisivos.
Desde o apito inicial que a intensidade foi a nota dominante. Ambas as equipas mostraram respeito mútuo, mas também fome de golo. O primeiro aviso veio dos Jupiter FC, com Guilherme Caetano a testar os reflexos de Bernardo Pile num remate forte, mas o guardião respondeu à altura com uma defesa segura. Na resposta, os P’Mouth protagonizaram um belo lance ofensivo, obrigando António Pignatelli a mostrar serviço entre os postes. O jogo começou a partir verdadeiramente num lance de loucos: Rodrigo Ruxa cruzou ao segundo poste, onde apareceu Guilherme Caetano a rematar com perigo. No contra-ataque imediato, José Pires e Francisco Pignatelli combinaram na perfeição e o próprio José Pires ficou perto de abrir o marcador, não fosse um corte heróico de Ricardo Mil-Homens em cima da linha de golo. Mas o golo não tardaria a surgir. Na sequência de um lance coletivo muito bem trabalhado, a bola chegou a Francisco Pignatelli na zona de penálti. Com o guarda-redes pela frente, mostrou sangue-frio e finalizou com classe, colocando os P’Mouth em vantagem (1-0).
A segunda parte trouxe ainda mais emoção. André Santinho deu o mote, depois de uma bela arrancada pela esquerda dos Jupiter FC, apareceu a rematar forte à entrada da área, mas Bernardo Pile brilhou novamente com mais uma defesa vistosa. No lance seguinte, Guilherme Caetano, muito irrequieto no flanco esquerdo, arrancou uma falta dentro da área. Chamado à conversão do penalti, não desperdiçou e empatou a partida com frieza (1-1). Seguiu-se o melhor período da turma de preto no jogo com várias ocasiões desperdiçadas para fazer a reviravolta. Quem não marca, sofre... e a resposta dos P’Mouth foi letal. Francisco Pignatelli, num dos seus melhores jogos da época, voltou a desequilibrar. Pela esquerda, rompeu até à linha de fundo e cruzou rasteiro para João Quelhas Costa, que apareceu no sítio certo para empurrar para o fundo das redes e recolocar os da casa na frente (2-1). Com a equipa embalada, o terceiro golo não tardou. Após mais uma bela jogada coletiva, Francisco Pignatelli cruzou ao segundo poste e encontrou José Pires, que não perdoou e fez o golo, gelando os intentos de reação dos Jupiter FC (3-1). Mas o jogo ainda tinha emoção guardada. Miguel Pile protagonizou uma arrancada fantástica pelo corredor, cruzando rasteiro para Francisco Demony, que acertou com estrondo no ferro. Na jogada seguinte, Demony voltou a brilhar, cruzando da direita para Gabriel Petterle, que cabeceou com intenção, mas encontrou uma defesa monstruosa de António Pignatelli.
O apito final selou a vitória dos P’Mouth, que saem com três pontos fundamentais numa das exibições mais sólidas da temporada. Já os Jupiter FC deram luta, criaram perigo e mostraram qualidade, mas pagaram caro pela menor eficácia nos momentos-chave.
por Duarte Almeida