Futah sobrevive e vence Metz em duelo intenso
Numa partida com duas histórias distintas, foi a Futah que saiu vitoriosa pela margem mínima diante do Metz. As duas formações apresentaram-se em campo com baixas de peso mas nem por isso o espetáculo se perdeu. Melhor a Futah na primeira parte, melhor o Metz na segunda. Valeu o golo solitário de Pedro Nunes.
Com tudo a postos para o início da partida, foi a turma visitante quem entrou melhor no encontro e a dispor de mais posse de bola. A turma de Henrique Barrosa, como habitual, apresentava uma atitude combativa e pressionante, colocando travões às intenções mais ponderadas com posse da Futah – era João Vasco quem assumia a batuta dos tunisinos e coordenava os momentos com bola da sua equipa. Como tal, foi preciso aguardar bastante até ao primeiro momento de perigo, que surgiu para a formação de branco: sequência de duelos ganhos no centro por João Durão António (estrangeiro) que soltou depois em Ricardo Ramos; este atirou mas o remate saiu muito desenquadrado. Reagia o Metz numa iniciativa individual de Carlos Barata pela direita, com o lateral a arranjar espaço para um remate em esforço que pôs David Barbosa à prova pela primeira vez. Estavam dados os avisos e seguia-se o golo: contragolpe rápido e a aproveitar perda de bola na construção francesa, com Ricardo Ramos a acelerar pela direita e a dar rasteiro para o segundo poste onde apareceu Pedro Nunes oportunamente a atirar sem oposição! 0-1! Seguia-se a melhor fase da Futah na partida com João Durão a ser o homem mais no ataque e a trazer muito trabalho. O ponta estaria em evidência ao aguardar a carga e libertar para Salvador Melo que, em volley, chutou por cima da barra. Passava o perigo e vinha o intervalo no Inatel.
Na segunda parte, a Futah procurou manter a mesma receita mais uma vez com João Vasco em evidência no setor defensivo, mas a este ponto com maiores dificuldades em circular o esférico. O Metz, na busca pela igualdade, subia linhas e procurava espaços avançados, mas parecia faltar sempre o último momento. Já na entrada para o último quarto do jogo, os franceses subiram a parada e passaram a tomar conta do encontro, dispondo de algumas ocasiões para faturar. A primeira nasceu de entendimento entre os irmãos Lourenço Carvalho e Martim Carvalho; o primeiro tocou de calcanhar para o segundo, e este centrou para o segundo poste à procura do mergulho de Gonçalo Costa que viu o seu cabeceamento com selo de golo ser negado por Bubu! Com a postura mais ofensiva, o Metz conquistava bolas paradas perigosas e traria calafrios à Futah: livre para Martim Carvalho que atirou forte na direção do poste mais distante; Bubu esticou-se e defendeu para a frente; a redondinha foi de encontro a Francisco Campos e o central atirou… à malha lateral! Que perigo! Só dava Metz nesta fase da partida mas a turma visitante sabia que apenas tinha de sobreviver escassos minutos mais. A última ocasião – e talvez a mais perigosa – aparecia com a criatividade de Martim Carvalho a receber da esquerda de Mourão (estrangeiro) e a abrir na direita em GP que aparecia completamente sozinho; o ponta atirou mas esbarrou na muralha Bubu e viu o esférico sair para canto. Era a última tentativa dos visitados que viam assim os pontos fugir no Inatel.
Grande vitória para a Futah que conquista pontos pela segunda vez no campeonato e ascende temporariamente ao oitavo posto. O Metz mantém os mesmos 7 pontos – 1 a mais que a Futah, mas com menos 1 jogo disputado.
por Tiago Sequeira