Nulo no CIF!
A primeira jornada da Divisão Allstars trouxe-nos um embate repleto de intensidade entre o Jupiter FC e o P’Mouth, os campeões em título. Apesar do 0-0 final, o jogo ficou marcado por momentos de grande emoção, defesas espetaculares e a luta incansável das duas equipas para garantirem os primeiros pontos da temporada.
A primeira parte começou de forma morna, com ambas as equipas a estudarem-se e a mostrarem algum receio de arriscar em demasia. A primeira grande oportunidade surgiu para o Jupiter, com Rodrigo Ruxa a destacar-se pela criatividade. Depois de trabalhar bem individualmente, Ruxa deu um toque subtil de calcanhar para Guilherme Caetano, que rematou de frente para a baliza, mas a defesa do P’Mouth conseguiu desviar a bola no momento certo. Do lado dos campeões em título, Gonçalo Fernandes respondeu com um excelente movimento pela direita, puxando para dentro e rematando cruzado, obrigando António Pignatelli a uma defesa atenta e segura. Apesar da intensidade do jogo, as grandes oportunidades de golo foram raras na primeira parte. Ambas as equipas mostravam solidez defensiva, mas faltava a definição no último terço. Assim, o intervalo chegou com um empate justo e sem golos, mas com a promessa de mais emoção para os minutos seguintes.
A segunda parte trouxe um P’Mouth mais agressivo, e a primeira grande oportunidade não tardou a surgir. Gabriel Petterle, numa tentativa de longe, rematou com violência rasteiro, mas a bola embateu com estrondo no poste, deixando os seus colegas a suspirar por um golo que parecia iminente. Por outro lado, o Jupiter tentou controlar melhor o jogo, instalando-se no meio-campo adversário, mas esbarrou sempre na falta de eficácia no último terço, incapaz de criar situações verdadeiramente perigosas. Nos minutos finais, o P’Mouth intensificou a pressão e acumulou oportunidades claras. Num livre estudado, a bola chegou a Pedro Romão, que rematou com força, mas foi negado por uma defesa impressionante de Pignatelli. Pouco depois, Gonçalo Fernandes cobrou um livre direto com precisão para Petterle, que novamente viu Pignatelli brilhar com uma defesa espetacular. Fernandes tentou ainda um remate de meia distância, mas o guarda-redes do Jupiter voltou a demonstrar reflexos de elite. O momento mais dramático veio nos últimos instantes do jogo. Após um cruzamento perfeito, Petterle apareceu à boca da baliza para cabecear, mas mais uma vez Pignatelli negou o golo com uma intervenção de outro mundo. Com esta sequência de defesas decisivas, Pignatelli garantiu o empate e o ponto para o Jupiter, sendo o principal responsável pelo 0-0 final.
Apesar da ausência de golos, o jogo foi um espetáculo de entrega e organização. O Jupiter mostrou que pode competir ao mais alto nível, enquanto o P’Mouth deixou claro por que é o atual campeão, com uma exibição ofensiva constante e perigosa.
por Francisco Garcia