Jogo

Taça, 2024-06-03 às 22:00 @ Inatel

Nota do árbitro: 5

0 - 3

200100

MVP: Francisco Campos

Futah Beach Towels vs Metz Lá Dentro

Cereja no topo do bolo! Metz Lá Dentro vence pela primeira vez a Taça Allstars!

A final que opôs a experiente Futah e a equipa do Metz Lá Dentro, foi totalmente de encontro às expetativas, que se punham neste jogo. A equipa de manto dourado apresentava um percurso categórico. 100% de vitórias, quer nos grupos, quer nas fases a eliminar. Do outro lado, o Metz Lá Dentro queria finalizar com a conquista da Taça Allstars, para engrandecer ainda mais a fantástica época, na liga A (garantida a subida à divisão Allstars). Num jogo muito tático, mas acima de tudo, muito intenso, a equipa do Metz Lá Dentro alcançou a vitória no decorreu da segunda parte. O primeiro golo, de Miguel Campos, desbloqueou por completo o jogo, e a partir daí a equipa de manto bordeaux aproveitou os espaços deixados pela equipa da Futah.

Após o término dos jogos a contar para as respetivas ligas, chegava o tão aguardado dia da decisão. O dia da Grande Final da Taça Allstars. Numa noite de junho, o INATEL, com um grande ambiente criado pelos adeptos, era o palco onde iria acontecer a épica Final. As equipas marcaram presença com bastante antecedência, de modo, a preparar o aquecimento da melhor maneira possível. Quer de um lado, quer do outro, as equipas apresentavam-se praticamente na máxima força, tendo à disposição grande parte do plantel. Embora a equipa da Futah estivesse na divisão Allstars, a realidade é que as casas de apostas apontavam o Metz Lá Dentro como ligeiro favorito (55% dos votos a favor).

Com todas as condições reunidas, o árbitro Tiago Barreira fez soar o apito para o início da partida. Numa fase de começo de partida, as equipas demonstravam um estilo de jogo comum, trocando a posse de bola, na defensiva, de forma cautelosa e sem correr grandes riscos. A equipa do Metz Lá Dentro, estava com uma percentagem de bola nos pés mais elevada, mas a realidade é que a primeira ocasião da partida pertenceu a Ricardo Ramos “Riki”. O extremo da equipa da Futah fez um remate de livre direto, mas que acabou por não sair enquadrado com a baliza de Nuno Guedes. A turma francesa queria responder a esta iniciativa da equipa adversária, e numa jogada de alguma insistência, Manuel Ribeiro acabou por fazer o remate de pé esquerdo, que saiu ao lado da baliza. Com o desenrolar do jogo, os minutos passavam, mas o jogo continuava igual. Estava a ser uma partida muito bem disputada, em que as equipas demonstravam todos os pormenores técnicos, mas acima de tudo reinava o equilíbrio e a moderada abordagem de jogo, de ambos os lados. Numa partida muito focada na zona central do campo, os desequilíbrios vinham por via de rasgos nos flancos, nomeadamente nos flancos direitos de cada lado: Manuel Ribeiro e Edson Abreu. A dominância acabava por pender para o lado dos comandados de Henrique Barrosa, usufruindo de mais bola e de uma construção de jogo mais assertiva. Todavia, do outro lado estava a experiente equipa da Futah, que embora não tivesse a bola por muito tempo nos pés, quando a tinham conseguiam chegar com perigo à baliza adversária. Numa dessas situações, Antoine Sarnago fez um potente remate, mas Nuno Guedes encaixou bem a bola. O guardião do Metz Lá Dentro estava a ter uma exibição de excelência, brilhando quando era chamado. Numa ocasião em específico, conseguiu fazer uma bela antecipação, a um desvio de Ricardo Ramos “Riki”. Tirando frutos da sua boa capacidade nas bolas paradas, a equipa da Futah estava a criar cada vez mais ocasiões proveniente deste tipo de lances, nomeadamente por Francisco Féria e Edson Abreu. Nestes momentos de maior avalanche ofensiva da parte da Futah, Martim Carvalho estava a ser uma peça crucial, no meio-campo da equipa de bordeaux, para tranquilizar e fazer a sua equipa jogar. O principal fator para não surgirem oportunidades flagrantes de parte a parte, acabava por ser a constante intensão de parar o jogo, através de faltas.

Iniciava-se a segunda metade da partida, e a tendência do jogo mantinha-se a mesma. Um jogo equilibrado, disputado e agressivo, com a equipa dos Metz Lá Dentro a desfrutar de maior posse de bola. Estes estavam a chegar, aos poucos, com cada vez mais perigo à baliza adversária e até chegaram a marcar um golo, mas o arbitro assinalou fora-de-jogo. Mantinha-se o 0-0! Logo se seguida, foi a vez de Tiago Oom Sousa estar perto de inaugurar o marcador. Este puxou a bola sucessivamente para o pé esquerdo e aplicou um forte remate cruzado, mas o guardião defendeu com facilidade. Aos poucos, as equipas estavam a arriscar mais e mais. Para além de Martim Carvalho, Afonso Pires estava a ser uma peça crucial no meio-campo dos visitantes. Este estava a ser um organizador e distribuidor de jogo. A pressão era tal que o primeiro da partida surgiu… para o METZ LÁ DENTRO. Como resultado de uma forte pressão de Miguel Campos, a bola acabou por sobrar para Afonso Pires, que devolveu para o avançado finalizar, com clasee. Estava feito o 0-1! Mesmo após alcançar o primeiro da partida, a realidade é que a equipa do Metz Lá Dentro estava cada vez melhor. A executar uma pressão sufocante, não deixavam o adversário reagir ou criar ocasiões. As situações de perigo continuavam a surgir para a os pupilos de Henrique Barrosa. Miguel Campos poderia ter bisado na partida, mas desta vez o seu remate acabou por não sair enquadrado. Pouco depois, foi o meio-campista Afonso Pires estar muito perto de aumentar a vantagem. Mais uma vez, proveniente de uma recuperação de bola, alta no terreno, Martim Carvalho assistiu Afonso Pires, que só não marcou por meros centímetros. Cheirava a golo do Metz… E de facto foi uma questão de tempo até este aparecer. Desta vez de canto, Martim Carvalho fez um cruzamento teleguiado para a finalização eximia do defesa, Francisco Campos. O 0-2 estava feito como mandam os livros. Cabeceamento de cima para baixo. Mesmo perto do soar do apito final, a equipa da Futah já não acreditava, e quem aproveitou foram os franceses. Uma bela jogada de Carlos Barata, que acabou por rematar cruzado para o fundo das redes. Terminava assim 0-3!

O Metz Lá Dentro coroava uma época fantástica com a vitória da Taça Allstars. Uma temporada a roçar a perfeição, concluída com a subida à mais alta divisão da competição e com a tão prestigiada competição dos grandes e dos pequenos. Com Henrique Barrosa a treinador e o seu irmão Miguel Barrosa a adjunto, a equipa sentia o alívio de poder festejar esta enorme conquista.

 

por Miguel Faustino