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Jogo

Taça, 2015-07-28 às 23:00 @ Inatel

Nota do árbitro: 4

1 - 2

200200

MVP: Valdemar Faria

CMS vs Abreu

Dobradinha no prolongamento!

A Abreu era favorita, mas nas finais os favoritismos acabam no apito inicial, e só no prolongamento a vitória chegou, numa altura em que a CMS RPA não podia mais!

 

Final da Taça, pelo segunda edição consecutiva a colocar frente a frente as mesmas duas equipas. A CMS RPA não teve uma temporada fácil, e para esta final voltou a ter várias baixas, e jogou com elementos claramente condicionados fisicamente. O jogo começou típico de uma final, com mais cautelas do que riscos de parte a parte, com mais ascendente da Abreu, mas sem materializar em lances de real perigo junto da baliza de Luís Pires, apenas alguns remates ao lado.

A CMS RPA demorou a chegar à baliza contrária, mas quando o fez foi com uma tripla oportunidade de golo, e que oportunidade: Primeiro José Mendes a rematar de fora da área para bela intervenção de João Pedro Rodrigues, o guardião reagiu a tempo de travar a recarga de José Pires Marques, à terceira estava por terra mas o remate de Tiago Gil, pressionado, embateu no poste e saiu para fora! Incrível lance!

A Abreu reagiu, Valdemar Faria e Nuno Pássaro insistiram mas a pontaria não parecia estar afinada, mas o aumento do número de remates era um claro sinal de inconformismo dos vencedores do campeonato.

Sem golos ao intervalo, na segunda parte não tardou muito até ao golo que abriu a contagem, jogada rápida da Abreu com Valdemar a ser bem servido entre os defesas, dentro da área a tirar o guarda-redes do caminho e atirar para a baliza contrária, a bola não foi com muita força e um defensor em esforço ainda tentou cortar a bola, mas só acabou por confirmar o golo.

Minutos volvidos Valdemar ficou perto do 2x0, a rodar à meia-volta na área e atirar à trave. O avançado estava em todas, pouco depois em lance de contra-ataque a trabalhar muito bem e isolar-se, remate travado por Pires, o guardião brilhou novamente para travar a recarga de João Nuno Camacho!

Quem não marca, sofre; lá diz o ditado, e assim foi: os axadrezados estavam à procura do empate e conseguiram, em lance de bola parada, na insistência José Mendes cruzou da esquerda rasteiro, a bola sofreu um ressalto e mais lesto a reagir, José Pires Marques atirou a contar! Ainda havia tempo para jogar, e a Abreu carregou em busca de nova vantagem. Nuno Pássaro viu Salvador Pires Marques com um corte milagroso sobre a linha de golo evitar o que parecia ser um golo certo. Pouco depois, num canto, Camacho cabeceou e José Mendes cortou sobre a linha!

Carregava a Abreu, Pássaro com excelente visão de jogo serviu Valdemar, este matou no peito mas no cara a cara com o Luís Pires levou a melhor o guardião, que com uma enorme parada levou o jogo para prolongamento, já que o apito final se ouviu imediatamente a seguir.

Dez minutos de tempo extra, que começaram praticamente com o golo da Abreu, Camacho a meter uma velocidade no jogo que já só ele tinha, galgou campo fora, entrou na área e atirou ao poste, a bola sobrou para onde estava Valdemar Faria, que com muita frieza não desperdiçou e atirou para a baliza deserta!

Pouco depois Camacho voltou à carga, novo rasgo mas desta feita com a bola a sair às malhas laterais. A CMS RPA tentava reagir, mas como podia, já que o cansaço era muito e evidente, e no desespero reinavam as bolas pingadas, com o central Bruno “Pinga” Ferreira a ser rei e senhor nas alturas, limpando a esmagadora maioria dos lances. A Abreu também já não tinha a mesma frescura e arriscava menos no ataque, procurando antes garantir uma boa organização defensiva, deixando a CMS RPA longe da sua baliza.

Foi nesta toada que o tempo foi correndo até ao apito final, a Abreu fez a festa da sua primeira “dobradinha”, numa temporada em que esteve a um nível imbatível!

 

 

por Ricardo Solnado