Partida emocionante terminar em empate a três bolas!
A Morais Leitão e a PLMJ foram as protagonistas de um jogo com uma história que se foi repetindo ao longo da totalidade dos 50 minutos disputados. Ora a PLMJ se adiantava no marcador, ora a Morais Leitão arranjava forma de restabelecer a igualdade.
Com primeiros minutos sem grandes oportunidades de golo, seria Manel Abecasis a pegar no esférico à direita e a ludibriar um adversário antes de soltar na área em Tomé Baptista Cardoso, que tentou um golo à ponta de lança, ao receber de costas para o alvo, rodar e rematar, mas ao lado. A PLMJ continuava a criar perigo pela faixa direita e uma arrancada de Tiago Salem criou alguma instabilidade na defensiva da Morais Leitão, terminando o lance com um remate forte, mas à malha lateral. A turma da casa estava mais expectante do que é habitual e apenas tentava criar perigo em busca da velocidade de Bartolomeu Costa Cabral, mas a linha defensiva da PLMJ estava bem montada e ia controlando bem a profundidade. Os minutos iniciais mais fortes dos forasteiros foram premiados com o golo inaugural da partida: livre descaído para a direita e Tomé Baptista Cardoso decidiu arriscar no remate e colocou mesmo o esférico no canto inferior esquerdo da baliza, com um belo pontapé de pé direito! Com o golo sofrido, a Morais Leitão conseguiu acordar e ficou muito perto de restabelecer imediatamente a igualdade, com Bartolomeu Costa Cabral a ser descoberto à direita e de ângulo muito apertado conseguiu levantar sobre o keeper, mas acertou no poste mais próximo! Na oportunidade seguinte, na sequência de um canto, o empate surgiria mesmo: bola parada cobrada por Diogo M. Oliveira e a bola chegou à posse de José Miguel Rabaça, que conseguiu atirar a contar! 1-1! As equipas começavam a revezar-se nas oportunidades e primeiro foi a Morais Leitão a deixar um aviso numa transição ofensiva, com Tomás Melo Ribeiro a soltar na desmarcação de Gonçalo Castela e este conseguiu um remate de pé esquerdo, mas João Serras de Sousa estava bem colocado e segurou o esférico. Do outro lado foi Gonçalo Marques de Almeida a descobrir António Delgado da Cruz e o médio teve muito mérito na disputa física com o adversário, conseguindo ainda um remate forte, que resultou numa defesa muito apertada de Miguel Canto e Castro para canto. Na sequência dessa mesma bola parada, Manel Abecasis colocou ao segundo poste e Henrique Colaço Canário surgiu de rompante para um cabeceamento ao poste! Estava tudo empatado ao intervalo.
A PLMJ voltou a entrar com mais bola no segundo tempo, no entanto foi a Morais Leitão a deixar o primeiro aviso de verdadeiro perigo com um lance bem trabalhado em que Luís Possolo soltou à esquerda em Gonçalo Castela e este fez um bom cruzamento, ligeiramente atrasado, para o aparecimento de Eduardo Nunes Pereira, que rematou em volley, mas João Serras de Sousa voltou a mostrar excelente posicionamento e encaixou o remate. A PLMJ também apostaria num lance pelo corredor esquerdo, que terminou num toque curto de Gonçalo Marques de Almeida para António Delgado da Cruz, que fez o resto sozinho, com uma condução de bola exímia ao entrar na área e a finalizar com classe, junto ao poste mais distante! Os forasteiros voltavam a estar em vantagem e até seguraram bem a vantagem nos minutos que se seguiram ao 1-2, mas bastou um lance de enorme inspiração de Bartolomeu Costa Cabral para mudar novamente o rumo do jogo. O dianteiro recebeu à direita, fez uma roleta fantástica sobre um adversário e finalizou com grande frieza com a canhota! 2-2! Os golos não paravam de surgir e a PLMJ rapidamente voltou à vantagem. Num lance algo confuso, Tomás Avelar recebeu à esquerda, tentou rodar tudo até ao lado contrário e a falta de comunicação da linha defensiva da Morais Leitão, permitiu que o esférico chegasse até Manel Abecasis, que com um simples toque, atirou a contar para colocar a PLMJ em vantagem pela terceira vez nesta partida! A PLMJ parecia não aprender e a mesma história repetir-se-ia… Bola à esquerda em Eduardo Nunes Pereira e o capitão colocou à entrada da área numa espécie de balão que foi parar aos pés de Bartolomeu Costa Cabral e este, como já é costume, ganhou uma série de ressaltos e ficou com a bola ao jeito do seu pé esquerdo, acabando por atirar para o bis e 3-3! Gonçalo Marques de Almeida ainda não tinha conseguido assinar o seu nome na lista de marcadores, mas ficou perto de o fazer num pontapé de fora da área. Num primeiro momento, a defesa incompleta em manchete de Miguel Canto e Castro não foi a melhor, mas depois há que dar mérito ao keeper, que rapidamente reagiu ao seu próprio erro e impediu a bola de entrar no fundo das redes com uma estirada em grande esforço.
Pouco mais haveria a assinalar até final, pelo que o empate acabou mesmo por persistir até final.
por Henrique Barrosa