New Team segura triunfo suado diante da Sagrada Família em jogo de raça e sacrifício
Num duelo marcado pela entrega, intensidade e disputa feroz em cada centímetro do relvado, a New Team venceu por 1-0 a Sagrada Família, num encontro onde o golo foi tão precioso quanto raro. As duas equipas deixaram tudo em campo, protagonizando uma partida de nervos, onde a determinação falou mais alto do que o brilho técnico.
A primeira parte foi um verdadeiro teste de resistência. Ambas as formações lutavam por cada bola como se fosse a última, com o jogo a desenrolar-se sobretudo no miolo, onde a pressão e os duelos físicos eram constantes. A Sagrada Família foi a primeira a ameaçar, num lance de pura vontade. Bernardo Santos, incansável na frente, acreditou num lance dividido, ganhou espaço entre ressaltos e, já perto da linha de fundo, arriscou um remate poderoso que passou muito perto, rasando a malha lateral — um aviso sério à defesa contrária. A resposta da New Team foi imediata e quase fulminante. João Brás, o avançado de serviço, decidiu experimentar de muito longe um remate de levantar o estádio do São Miguel, a bola saiu como um míssil e só não entrou porque embateu com estrondo no poste, deixando o guarda-redes completamente batido. O primeiro tempo terminava sem golos, mas com emoção e oportunidades que prometiam uma segunda parte vibrante.
E a promessa cumpriu-se. A New Team entrou com mais critério e rapidamente colheu frutos. João Duarte, num lance de grande qualidade individual, partiu do meio campo, tirou um adversário do caminho com uma simulação e, já frente ao guarda-redes, mostrou altruísmo e frieza: serviu Diogo Lima ao lado, que só teve de encostar para o 1-0. Um golo de enorme classe coletiva e inteligência, num momento que definiu o jogo. A partir daí, a Sagrada Família partiu com tudo para o ataque. As bolas começaram a chover na área contrária, com os extremos a tentarem o desequilíbrio no um contra um e os médios a lançarem cruzamentos perigosos. A equipa da casa empurrava a New Team para trás, mas encontrava pela frente uma muralha defensiva intransponível. A coesão do bloco vermelho foi notável, com a linha defensiva a cortar tudo e o guarda-redes a sair seguro em todos os lances aéreos.
Até ao último minuto, a Sagrada Família procurou o empate com coração e coragem, mas a New Team demonstrou maturidade e soube sofrer para segurar três pontos de ouro.
por Rodrigo Nunes