Al-Ghidar vence com frieza e deixa Botafofo em suspenso na corrida pelo playoff
Na jornada 16 da Liga D1, o Botafofo entrou em campo com uma missão clara: vencer para continuar a sonhar com o playoff. Do outro lado, um Al-Ghidar sólido e pragmático, que soube resistir à pressão e aproveitar os momentos certos para garantir os três pontos.
O jogo arrancou com intensidade, mas sem grandes ocasiões nos primeiros minutos. Até que Miguel Campos surgiu em destaque, obrigando Martim Martins (estrangeiro) a uma defesa complicada — uma bela mancha que impediu o primeiro da tarde. O golo parecia inevitável, e de facto surgiu logo a seguir, com João Inácio a finalizar após excelente recuperação e assistência… mas o lance foi anulado por fora de jogo. Sem baixar os braços, o Al-Ghidar voltou à carga e acabou mesmo por chegar ao golo. Francisco Diogo sofreu falta dentro da área e o árbitro apontou para a marca dos 11 metros. Miguel Campos assumiu a responsabilidade e não vacilou: remate colocado ao canto inferior esquerdo, e estava feito o primeiro (0-1).
Na segunda parte, o Botafofo entrou com tudo. Guilherme Prates esteve perto do empate com um remate após cruzamento que passou a rasar o poste. A equipa da casa crescia e ameaçava cada vez mais. Em nova jogada perigosa, o cruzamento encontrou novamente um homem da casa que rematou… por cima da barra. O momento do jogo, no entanto, veio dos pés de António Inglês. Num lance de génio, arrancou desde trás, fintou vários adversários em estilo "Maradona", e disparou um míssil à barra — teria sido um dos golos da temporada. Apesar da pressão, o Botafofo não conseguia concretizar. E o castigo veio nos minutos finais. Em contra-ataque letal, Miguel Campos lançou Francisco Diogo com um passe milimétrico. Este apareceu nas costas da defesa e, com uma finalização de enorme classe, fez o segundo. Gelo nas bancadas. (0-2)
Mas o Botafofo ainda não tinha dito a última palavra. Santiago Marques foi derrubado na área e o árbitro assinalou o segundo penálti da partida. Tomás Piñeiro assumiu a conversão e reduziu com categoria (1-2), relançando as esperanças nos instantes finais.
Apesar da alma e da entrega, o marcador não voltou a mexer. O apito final confirmou a vitória do Al-Ghidar, que soube ser eficaz e letal nos momentos chave. Já o Botafofo, apesar da boa exibição, fica agora com a margem de erro reduzida na luta pelo playoff.
por Duarte Almeida