CAD ELAS arranca vitória dramática frente aos Carapaus do Lis com golo nos instantes finais!
Num duelo marcado por muita entrega, paciência e resiliência, o CAD ELAS soube sofrer e acreditou até ao fim para conquistar uma vitória preciosa por 2-1 diante dos Carapaus do Lis, num jogo que começou amarrado e só se soltou nos instantes finais.
A primeira parte foi de poucas ideias ofensivas e grande cautela tática. Ambas as equipas mostraram agressividade na recuperação da bola, mas faltava clareza no último terço. Ainda assim, Tomás Silva tentou agitar as águas com um remate forte de longe, mas a bola passou por cima sem causar perigo. Foi apenas perto do intervalo que surgiu o momento de inspiração coletiva por parte dos Carapaus. Bernardo Leal rompeu bem pelo meio, entregou a Dário Seguro Joaquim que, com lucidez e espírito de equipa, serviu Gonçalo Ferreira. Mesmo a cair e sob pressão, o avançado conseguiu empurrar a bola para dentro das redes, num golo de raça que colocava os visitantes em vantagem.
O segundo tempo trouxe um CAD ELAS com outra atitude. Mal recomeçava o jogo e já Ricardo Nunes surgia com instinto de matador na área para empatar com uma finalização fria e certeira. O golo galvanizou a equipa da casa, que mesmo com menos um jogador, assumiu o controlo do encontro. E aí entrou em cena o guardião Nuno Guedes — com defesas consecutivas a remates de Diogo Curto e Ricardo Nunes, foi travando o ímpeto ofensivo do CAD ELAS e adiando o inevitável. Curto tentava de todas as formas: na cara do guarda-redes, de fora da área, pela esquerda, pela direita… mas encontrava sempre um muro de nome Guedes. Só mesmo com um lance de insistência e um toque de fortuna é que o bloqueio se quebrou. Diogo Curto, incansável, ganhou a linha de fundo, cruzou com desvio e a bola sobrou para Tomás Silva, que, desta vez, não perdoou. Desvio certeiro e explosão de alegria no banco do CAD ELAS, que selava o 2-1 final já nos minutos finais.
Uma vitória de garra, maturidade e insistência, que mantém o CAD ELAS na rota da ambição. Destaque para a entrega de Diogo Curto e para a frieza de Tomás Silva, decisivo quando a pressão apertava. Do lado dos Carapaus, nota alta para o guarda-redes Nuno Guedes, autor de uma exibição brilhante apesar do desfecho amargo.
por Rodrigo Nunes