Jogo

Liga C2, 2025-06-02 às 23:00 @ Oeiras - ACPS

Nota do árbitro: 3

Gil Bidente vs Tom Dela powered by DDN

Gil Bidente e Tom Dela protagonizam thriller de golos em jornada decisiva

A 13ª jornada da Liga C2 colocava frente a frente duas equipas em situações bem distintas mas igualmente urgentes. O Gil Bidente sonhava ainda com a subida de divisão, enquanto o Tom Dela precisava de pontuar para evitar o espectro da descida. O que se seguiu foi uma verdadeira montanha-russa de emoções, com dez golos e um empate épico.

O jogo nem tinha aquecido e já havia espetáculo. Ainda nos primeiros minutos, Gonçalo Santos viu o guarda-redes adiantado e, com visão e ousadia, disparou do meio-campo um chapéu perfeito que entrou direto. Um golo de levantar o estádio (1-0). A resposta do Tom Dela foi madura e imediata. Após boa circulação de bola, a equipa visitante construiu uma jogada coletiva de qualidade que terminou com um remate seco e certeiro, empatando o jogo (1-1). Logo a seguir, António Chaves ameaçou com um lance individual de grande qualidade. À entrada da área, driblou e rematou forte, acertando com estrondo no poste esquerdo. Foi por pouco que não virou o marcador. Do outro lado, Gonçalo Santos continuava endiabrado. Pela meia esquerda, recebeu, driblou, puxou para dentro e com classe finalizou para o seu segundo golo da tarde, devolvendo a vantagem ao Gil Bidente (2-1).

A segunda parte trouxe um verdadeiro festival de golos. André Santos arrancou desde trás, ultrapassou vários adversários e, frente ao guarda-redes, finalizou com classe e colocação (3-1). Poucos minutos depois, nova arrancada pela direita e cruzamento rasteiro perfeito para Pedro Silva “Chiquitão”, que encostou para o fundo das redes com tranquilidade (4-1). Mas o Tom Dela recusava-se a ceder. António Chaves, inspirado, tirou da cartola uma jogada de magia pura, driblando com elegância e rematando para um golo magnífico (4-2). André Santos voltou a estar perto de marcar num lance individual brilhante, culminando num chapéu sobre o guarda-redes que bateu com estrondo na trave. Mas o momento viria pouco depois, com nova resposta dos visitantes: José Queiroz, com espaço no meio-campo ofensivo, armou um remate certeiro e reduziu ainda mais a diferença (4-3). E o que parecia improvável aconteceu. Em mais uma jogada bem construída pela esquerda, a bola foi centrada e encontrou Francisco Morais (estrangeiro), que com um remate de primeira e de pé esquerdo colocou a bola junto ao poste, empatando o jogo com um golaço (4-4). Mesmo com menos unidades em campo, o Gil Bidente voltou a assumir o controlo. Um passe longo desde a baliza encontrou novamente Gonçalo Santos, que com serenidade serviu Hugo Dias, e este não perdoou frente à baliza (5-4). Mas o destino reservava um último momento de glória. Nos segundos finais, Francisco Magalhães “Maga” pegou na bola ainda no meio-campo e, sem hesitar, rematou em arco. A bola descreveu uma trajetória perfeita até ao ângulo superior direito — um golo de bandeira para selar o empate (5-5).

O apito final encerrou um dos jogos mais emocionantes da temporada, com dez golos, duas equipas em busca de objetivos distintos e um espetáculo digno de qualquer grande palco do futebol amador.

por Duarte Almeida