Temos 7 e Gil Bidente em duelo de sobrevivência com final eletrizante
Na entrada para a 11ª jornada da Liga C2, “Temos 7” e Gil Bidente apresentaram-se praticamente lado a lado na tabela, em busca de pontos cruciais para fugir à temida zona de despromoção. O cenário não podia ser mais propício a um duelo intenso — e foi exatamente isso que se viu em campo.
O início trouxe um “Temos 7” determinado, com a corda toda e a ameaçar cedo a baliza adversária. Miguel Cabral (estrangeiro), o guardião estrangeiro do Gil Bidente, foi forçado a mostrar serviço logo nos primeiros minutos, com duas defesas de alto nível que mantiveram o nulo. Pouco depois, um cruzamento venenoso encontrou a cabeça de Alexandar Alexandrov, que testou a resistência da trave com um cabeceamento fortíssimo. A resposta do Gil Bidente foi à altura e surgiu pelos pés de Pedro Silva, o irreverente “Chiquitão”, que, com um remate rasteiro e colocado à entrada da área, obrigou Tiago Medroa a uma defesa digna de destaque.
A segunda parte arrancou com o mesmo ritmo alucinante. André Santos, figura de proa do Gil, ameaçou logo de entrada com um míssil à entrada da área, mas Medroa voltou a estar à altura. O duelo entre os dois estava lançado e repetiu-se pouco depois, num livre frontal que voltou a encontrar o guardião dos “Temos 7” inspirado. Mas à terceira, foi de vez: novo livre frontal, posição central, e André Santos, com a calma de um especialista, assinou o golo com um remate colocado e cheio de intenção (0-1). O “Temos 7” respondeu como se exige a quem joga em casa. Alexandar Alexandrov, figura omnipresente no ataque, testou novamente Miguel Cabral (estrangeiro) com um livre potente, mas o guardião voltou a brilhar. Pouco depois, surgiu o empate: num livre indireto dentro da área após atraso irregular, Alexandrov soltou um remate furioso que só parou no fundo das redes. Estava feito o empate (1-1). Quando parecia que a igualdade iria imperar, o Gil Bidente teve o mérito de acreditar até ao fim. Paulo Pereira fez o trabalho sujo, arrastou a defesa e serviu de bandeja para “Chiquitão”, que apareceu isolado e não perdoou: um verdadeiro golpe de teatro (1-2).
O apito final confirmou uma vitória suada e merecida do Gil Bidente, que soube resistir à pressão inicial, aproveitou os seus momentos e levou três pontos de ouro para casa. Já o “Temos 7”, apesar da exibição corajosa, sai de cabeça erguida, mas com a urgência de transformar bom futebol em resultados.
por Duarte Almeida