Jogo

Liga C1, 2025-04-21 às 23:00 @ Oeiras - ACPS

Nota do árbitro: 5

Sociedade Real vs Napólen

Sociedade R. arranca empate épico frente ao Napólen numa batalha de resistência

A 12ª jornada da Liga C1 colocava frente a frente duas equipas separadas por apenas duas posições na tabela, mas unidas por uma sede comum: vencer. A Sociedade R. procurava a sua primeira vitória no campeonato, enquanto o Napólen queria manter o embalo. O que se seguiu foi um jogo vibrante, cheio de momentos intensos e emoção até ao último apito.

A entrada no jogo foi de alto impacto. Ainda mal os relógios marcavam os primeiros minutos e João Dias já fazia estragos. Com um remate forte fora da área, obrigou o guarda-redes a uma defesa difícil. A bola, no entanto, acabou por ultrapassar a linha de golo após o toque do guardião, inaugurando o marcador de forma cruel para a Sociedade R. (0-1). Na resposta, a Sociedade esteve à beira do empate, mas Luís Zanartu, com sentido de oportunidade e espírito de sacrifício, tirou a bola em cima da linha. Um momento que valia golo. Do quase ao castigo, veio o segundo. Na jogada seguinte, Mateus Duarte atirou um livre frontal com violência à barra, com o guarda-redes Guilherme Novais (estrangeiro) a fazer uma defesa monumental antes do esférico embater no ferro. Do canto resultante, João Dias colocou a bola teleguiada no primeiro poste, onde surgiu Frederico Neves a desviar para o golo (0-2). Mas os Sociedade R. não se deixaram abater. António Coutinho arrancou com raça pela direita, ultrapassou os adversários e cruzou com precisão para José Lima, que encostou para o golo da esperança (1-2). Um golo que reanimava os da casa. Contudo, o Napólen estava em modo resposta. Tiago Valente, atento a um corte incompleto da defesa, ganhou a bola e, cara a cara com o guarda-redes, teve sangue frio para o fintar e encostar para o terceiro (1-3).

A segunda parte trouxe um novo capítulo. Mais disputada, mais física, mas com o Napólen a tirar proveito da quebra física da Sociedade R., embora sem conseguir finalizar com sucesso as oportunidades criadas. Até que voltou a aparecer António Coutinho. O avançado recuperou uma bola à entrada da área, rodou sobre si mesmo e rematou colocado ao canto inferior esquerdo. Reduzida a diferença, a esperança estava de novo viva (2-3). E quase que empatava! José Lima arrancou pela esquerda e cruzou tenso para o segundo poste, onde Coutinho apareceu a cabecear a centímetros do golo. O empate, porém, estava guardado para um final dramático. Guilherme Ferreira (estrangeiro) assumiu um livre lateral. O guarda-redes defendeu, mas deixou a bola viva na área. José Burguete, acreditando até ao fim, apareceu no sítio certo e empurrou para o fundo das redes (3-3). Explosão nas bancadas! Ainda houve tempo para um último susto. Um remate à queima do Napólen passou a rasar a barra e, pouco depois, Artur Pinto rematou na pequena área para uma defesa milagrosa com os pés do guarda-redes, já no chão, segurando o empate.

O apito final selou um empate justo, mas eletrizante. A Sociedade R. somou o ponto com sabor a vitória, enquanto o Napólen saiu com a sensação de ter deixado escapar os três. Um jogo para ser recordado, daqueles que fazem a Liga C1 vibrar.

por Duarte Almeida