AZ Alto-Mar vence no reduto do Bro Tá Fogo em jogo de poucos espaços (0-2)
Num encontro marcado por um ritmo lento e escassas oportunidades de golo, o AZ Alto-Mar foi mais eficaz e conquistou uma vitória por 0-2 frente ao Bro Tá Fogo, num jogo onde o talento individual acabou por fazer a diferença.
A primeira parte foi marcada por um equilíbrio cauteloso entre as duas formações. O AZ Alto-Mar teve os primeiros sinais de perigo, primeiro através de um canto que causou alguma confusão na área e obrigou João Serras de Sousa a intervir com segurança. Pouco depois, José Diogo Rato tentou a sorte de longe e ficou perto de inaugurar o marcador, com a bola a passar rente ao poste. A resposta do Bro Tá Fogo não tardou. Num canto curto bem trabalhado, Manuel Sampaio surgiu no bico da área e rematou em arco, com a bola a sair muito perto do alvo — o primeiro e único grande sinal de ameaça dos da casa na primeira metade.
A etapa complementar começou com um verdadeiro momento de inspiração de Martim Morais “Dino”. Após um alívio da defesa do AZ, o médio do Bro Tá Fogo apanhou a bola à entrada da área e disparou um verdadeiro míssil que ainda beijou a trave antes de sair. Teria sido um golaço. Mas quem não marca, sofre. E o AZ Alto-Mar aproveitou. José Agapito fez uma excelente arrancada pela esquerda e serviu Pedro Nobre ao segundo poste, que apenas teve de encostar: 0-1 para os visitantes. A partir daí, o AZ cresceu na partida. André Silva destacou-se com um passe teleguiado para José Agapito, que brilhou com uma receção orientada seguida de remate perigoso, bem defendido por João Serras de Sousa. Pouco depois, nova ameaça com uma jogada bem construída por Drake André Torrão e Gonçalo Pereira, culminando com um remate de Tomás Fonseca que passou a centímetros do golo. A machadada final surgiu já nos descontos. Diogo Sousa, num lance de puro talento e raça, recuperou a bola ainda no meio-campo, driblou três adversários e, frente a frente com o guarda-redes, finalizou com categoria para o 0-2 definitivo. Ainda houve tempo para o Bro Tá Fogo atirar à trave por intermédio de Duarte Amaral, num remate em arco que merecia melhor sorte — mas o destino do jogo já estava selado.
O AZ Alto-Mar sai com uma vitória justa num jogo de paciência e eficácia. O Bro Tá Fogo tentou, mas não conseguiu ultrapassar a organização defensiva adversária, e viu o talento individual dos visitantes decidir o encontro.
por Miguel Costa