Futah obrigada a puxar dos galões para levar de vencido um Falência que deixa grandes indicações.
O jogo esperava-se de sentido único, mas os espanhóis apresentaram-se muito bem estruturados defensivamente e fortes no ataque às costas da defesa da Futah.
A Futah entra forte e a procurar o domínio do jogo, mas os Falência demonstram muita consistência defensiva. Certamente so assim conseguiram incomodar.
E após alguns minutos de posse de bola da Futah, foi em contra ataque o Falência quem avisou a Futah que tinham vindo para disputar os três pontos. O remate não teve a qualidade necessária para pôr a formação estreante na frente do resultado.
De livre foi quem atirou para golo.
No seguimento de um livre directo dos Falência a bola sai pela lateral. E daí vem o golo: lançamento para o coração da área, desvio incompleto da defesa da Futah e um remate potente de João Marques fez a rede balançar. O 1x0 estava feito e os Falência coloriam o marcador que assinalava a superioridade dos forasteiros.
Futah reage bem mas o Vasco Rego apresentou-se com bom nível e fez boas paradas.
Ainda antes do intervalo, num lance rápido pela esquerda do ataque, Nuno Almeida da Futah vê João Canadas (estrangeiro) fazer um corte providencial que impede o empate.
Os Falência entram atrevidos e constroem um lance de golo, mas havia fora de jogo assinalado ao avançado. Ainda assim, o chapéu que tentou não tinha a medida certa.
A Futah estava decidida a dar a volta ao marcador e apostava na velocidade de Froes na ala esquerda. Após condução, o médio vem para dentro e dispara um tiro em arco que bate em cheio na barra.
Num lance tirado a papel químico, Froes assiste Antoine que remata à entrada da área. A bola desvia em Picão e trai Vasco Rego. Estava feito o empate. Um rude golpe que manchava a exibição até então imaculada dos Falência.
O golo animou a equipa da casa e logo depois foi Afonso Oom que só não marcou pela bravura de Picão que se intrometeu no caminho entre a bola e a sua terra prometida.
Contudo, quando os campeões fazem por isso, o golo chega. Depois de um lançamento lateral pela direita, foi Nuno Almeida a aparecer ao segundo poste e, de cabeça a consumar a cambalhota no marcador.
O golo deixou os Falência naturalmente desalentados. E essa é a melhor altura para tentar voltar a ferir os forasteiros. Oom recupera a bola em zona alta e isola Antoine que dilatou a vantagem para o 3x1.
O jogo estava perto do fim, mas os Falência são feitos de aço e nem por isso baixaram os braços. Com alguma confusão e sorte à mistura, Canadas protagoniza o momento da noite saca um chapéu de levantar o estádio.
Logo depois o árbitro dava por terminada uma partida muito equilibrada em que a experiência da Futah superou a ousadia dos Falência.
por José Miranda