Paralympiakos a uma vitória do título!
Depois de alguns jogos a cumprir serviços mínimos a turma de Tiago G. Pereira apresentou-se praticamente na máxima força e derrotou sem qualquer problema os Anonymous. Agora, meus caros, falta apenas uma vitória!
Os gregos entraram fortíssimos na partida e desde muito cedo mostraram as suas intenções: ter bola, fazê-la girar e com velocidade e precisão quebrar a muralha defensiva dos Anonymous. Estes, contudo, reféns de Afonso Coimbra (lesionado) e Vasco Elvas (em passeio pelo México) tinham em Diogo Moita a principal figura de destaque. Para ajudar, pediram a Flávio (Tutto Nero) que desse uma ajudinha nesta noite de decisões. Estava dado o mote e agora dependia dos intervenientes de cada lado. Começaram melhor os Paralympiakos com Zé Neves a progredir rapidamente, a dar em Dinis que devolveu e deixou o colega na cara do golo, sem que este tivesse a arte e engenho necessários para ultrapassar Francisco! Estava tudo a zeros e assim permaneceu por algum tempo dada a qualidade defensiva que os Anonymous iam apresentando, capazes de travar toda e qualquer investida dos gregos. Em mais um desses lances Diogo Pereira furou pela esquerda, tirou um cruzamento fantástico de canhota e direcionou o esférico redondinho para o segundo poste onde aparecia o capitão para o desvio decisivo. Contudo, um corte providencial da defensiva impediu que a bola lá chegasse e o ativo ainda não o era! Na verdade, assim continuou até ao intervalo e sem que houvesse qualquer outro lance digno de registo.
A abrir a segunda metade cruzamento bem tirado por Conduto a chegar desta vez a Tiago Pereira. Todavia, o avançado atirou por cima e os Anonymous iam respirando fundo…até que, bem dentro da segunda metade e sem terem feito nada por merecer os comandados de Afonso Elvas quase faturavam: bola em Sebastião na esquerda, cruzamento soberbo de primeira e Moita, ao segundo poste, totalmente sozinho, cabeceou fraquinho para as mãos de David. A assistência e o momento pediam mais, mas não se pode culpar o avançado que ao longo de toda a partida foi claramente o elemento mais inconformado dos Anonymous! Como se costuma dizer, “água mole em pedra dura tanto bate até que fura” e foi isso mesmo que sucedeu. Vários ressaltos na área com a bola a rolar caprichosamente para a esquerda onde estava Conduto que disparou, metendo a bola onde interessa! A festa foi rija do lado grego porque todos sabiam a importância do momento e deste golo em particular. Posteriormente, e até final, a lição de futebol que os Paralympiakos deram é algo que merece destaque: comandados por Diogo Dinis a pautar o ritmo na “meiuka” os gregos nunca se precipitaram e privilegiaram sempre o controlo da bola. Como dizia o outro, “(…) enquanto nós temos eles não causam perigo (…)” e foi precisamente isso que aconteceu. Nas raras ocasiões em que os Anonymous conseguiram ter bola Moita disparava de fora de área mas nenhum dos tiros causou sequer incómodo a David. A terminar a partida e, em jeito de prémio, recuperação em zona adiantada, Salvador Murteira isolado na cara do redes não perdoou e fez o segundo golo nas duas últimas partidas.
Apito final e os Paralympiakos ficam assim a apenas uma vitória do título da Liga B+, apenas uma época depois de terem conquistado a Liga C. À data de publicação deste texto os gregos podem até já ter sido campeões caso tenham vencido o PSV na quarta-feira. Quanto aos Anonymous ficaram em risco de perder o segundo posto para os TrocaBola. Contudo, no momento em que o texto foi escrito, já estavam descansados depois do adversário direto ter perdido o duelo em atraso frente ao Limão!
por Manuel Laja