Paralympiakos com bilhete da lotaria
Numa partida bem disputada e animada, Paralympiakos e Heinakeres equilibraram forças no relvado (mesmo com a inferioridade numérica dos holandeses no segundo tempo) e levaram o jogo para a lotaria das grandes penalidades. No desempate, os gregos foram mais felizes, mas também mais competentes, e garantiram o bilhete para as meias-finais da prova milionária.
Excelente duelo em perspetiva com os sempre temíveis Paralympiakos a defrontarem um entusiasmante conjunto dos Heinakeres, que vai rubricando uma grande temporada e liderando a Liga A.
Os holandeses, aproveitando várias ausências de peso do lado contrário, até foram a equipa que entrou melhor, fazendo uso da sua velocidade e vertigem ofensiva para chegar com perigo à baliza à guarda de Francisco Rocha (estrangeiro). Foram várias as tentativas nos minutos iniciais, sobretudo através de remates de meia distância, mas o guardião ia-se revelado atento entre os postes.
A ocasião mais perigosa chegou dos pés de Manuel Sampaio, que primeiro viu Francisco negar-lhe o golo com uma enorme intervenção e depois, na insistência, atirou ligeiramente por cima do alvo. Continuavam os Heinakeres com sinal mais, desta feita com Titó a entrar com perigo na área e a obrigar Francisco a nova parada de alto nível.
No entanto, é “sobre o melhor pano que cai a nódoa” e instantes depois, numa tentativa de alívio, o guarda-redes acabou por bater a bola contra a pressão de Manuel Sampaio, vendo este sem dificuldade atirar para a baliza deserta e colocar os verdes na frente do marcador.
Os gregos foram forçados a reagir e deixaram o primeiro aviso na sequência de uma bola parada estudada, com Conduto a rematar colocado à entrada da área para boa intervenção de Cristóvão.
Ainda antes do intervalo o empate chegaria mesmo, capitalizando um erro adversário tal como havia acontecido na baliza contrária. Na tentativa de impedir o contra-ataque grego, Francisco Gomes acabou por errar o passe no meio-campo defensivo, deixando João Filipe com via aberta até à baliza, a qual alvejou com um disparo cruzado e bateu Cristóvão para o 1x1 com que chegava o descanso.
A segunda metade até começaria novamente equilibrada, mas os Heinakeres acabariam por sofrer um duro revés nas suas aspirações logo nos minutos iniciais, vendo Justino receber ordem de expulsão e ficando com apenas 7 elementos em campo.
Os Paralymps intensificaram naturalmente a pressão e Dinis deixou a primeira ameaça com um disparo forte de pé esquerdo que no entanto saiu um tudo ou nada ao lado do alvo. Logo de seguida grande oportunidade, com João Filipe a ganhar na velocidade pela direita e a oferecer numa bandeja o golo a Conduto, mas este complicou e errou na tentativa de finalizar de calcanhar.
Os Heinakeres organizavam-se claramente mais atrás nesta fase, mas sempre sem descurar a parte ofensiva e tentando aproveitar a velocidade dos homens da frente. Titó teve nos pés uma enorme ocasião para assumir o papel de herói depois de uma jogada de transição rápida, mas Francisco Rocha com uma grande defesa manteve o empate.
Em cima do apito final os gregos ainda podiam ter evitado as grandes penalidades, numa jogada que Edu desmarcou João Filipe com um grande passe de rutura, mas Cristóvão agigantou-se na baliza holandesa e adiou a eliminação da sua equipa. No entanto, no desempate, Dinis, Edu e não tremeram do lado grego e João Filipe marcou a grande penalidade decisiva depois de Canadas (estrangeiro) ter desperdiçado o seu pontapé.
por Gonçalo Custódio