Heinakeres de regresso à Liga A!
Os holandeses bateram a Zona O no jogo que decidia a subida e culminaram um percurso fantástico e imaculado no campeonato, sem qualquer derrota, com o regresso à Liga A uma época depois de descida!
Autêntica final para ser disputada no São Miguel, com Heinakeres e Zona O, segundo e terceiro classificado, a decidirem quem acompanhava os campeões Moustaches na promoção à Liga A. Se ao conjunto de Oeiras o empate também servia para ficar a depender apenas de si, os Heinakeres estavam obrigados a vencer para celebrar e desde cedo mostraram que era para isso que entravam em campo. A equipa holandesa parecia mais determinada e com os olhos na baliza nos primeiros minutos e foi com justiça que chegou à vantagem, na sequência de um lançamento lateral no qual Henrique Reis ainda desviou ao poste antes de Cebo se mostrar oportuno e aparecer a fazer a emenda para o fundo das redes!
A equipa de verde ia-se revelando muito perigosa nas bolas paradas neste início de partida e foram vários os lances em que apareceram jogadores de verde a saltar sozinhos na área e a deixar em alerta a defensiva contrária.
Do outro lado, os pupilos de Afonso Cabral (hoje a orientar a equipa de fora das quatro linhas) tentavam ter mais bola para reagir à desvantagem, mas iam escasseando ideias para incomodar a baliza adversária. Já os Heinakeres, sempre ligados à corrente, mostravam grande objetividade na procura da baliza e foi de uma excelente arrancada de Bonne (estrangeiro) pela esquerda que nasceu o segundo golo, com o esquerdino a fazer o cruzamento venenoso para a chegada à área do incansável Henrique Reis, que deu a melhor sequência e desviou fora do alcance de Russo (estrangeiro)!
A dificuldade da Zona O para chegar às imediações da área holandesa continuavam a ser evidentes e a meia-distância podia-se revelar como uma boa alternativa para a equipa tentar criar perigo. Miguel Sousa, forte nesse capítulo, arranjou espaço em zona frontal e tentou fazer mossa com um pontapé potente e rasteiro, mas Cristóvão estava atento e foi ao relvado sacudir para a linha final.
A toada manteve-se até ao intervalo, com o apito do árbitro a mandar toda a gente para as cabines e a Zona O a precisar urgentemente de rever estratégias para dar a volta ao texto na segunda metade.
O recomeço ainda foi prometedor para o conjunto liderado por Afonso, com um pontapé do meio da rua de Manã (estrangeiro) a levar muito perigo à baliza holandesa, valeu a trave a fazer de guarda-redes e a impedir o golo do avançado.
Contudo os Heinakeres voltaram a estabilizar o jogo e a controlar o ritmo do mesmo, mostrando agora uma maior organização defensiva e esperando os seus momentos para ferir o adversário. Foi dessa forma que esteve perto de surgir o terceiro, com Bonne e Vasco Neves a irem para o ataque após a recuperação a meio-campo e o primeiro a tirar um cruzamento de trivela teleguiado para o cabeceamento do companheiro. O guarda-redes parecia batido, mas o esférico saiu a rasar o poste e a Zona O manteve-se viva na partida.
Com o relógio a caminhar a passos largos para o final, a Zona O colocou mais gente na frente e adotou um jogo mais direto, conseguindo reduzir à entrada para os últimos 5 minutos. Jogada rápida dos homens de colete, que acabou com Manã, na cabeceira da área, a servir o seu irmão Sebastião Coutinho para este finalizar a preceito com um remate ao primeiro poste e dar esperanças à sua equipa!
A turma de Oeiras foi para cima do adversário e carregou até ao final, conseguindo situações com algum perigo na área adversária, mas os Heinakeres conseguiram defender a vantagem mínima com tudo o que tinham e acabaram mesmo a sentenciar a partida no último lance do encontro. Zenha arrancou a alta velocidade pela direita, deixou um adversário estendido no chão e deu o golo de bandeja a Vasco Neves, que finalizou com frieza e deixou as hostes holandesas a festejar a subida de divisão no São Miguel!
por Gonçalo Custódio