Quem não mata, morre
Num duelo que opunha 1º e 4º classificado à entrada para a jornada, os Feyenudes falharam a aproximação à liderança ao empatarem a uma bola frente a um Baile de Munique que vem fazendo uma temporada excecional. O conjunto holandês foi melhor durante grande parte da partida e esteve mesmo em vantagem, mas falhou várias ocasiões para sentenciar o resultado e acabou por levar com um balde de água fria em cima do apito final.
O Feyenudes entrou algo intranquilo no encontro e, logo a abrir, concedeu uma grande oportunidade aos alemães após perda de bola em zona proibida. Valeu no entanto a atenção de Manuel Gaivão, que com uma boa defesa a remate de Rodrigo manteve o nulo no marcador.
A partir daí, os holandeses tomaram conta da partida e começaram a surgir as ocasiões claras para marcar. Diogo Branco, esta noite titular no eixo do ataque, teve tudo para fazer o primeiro da noite na recarga a um livre direto de Benja, mas viu o guarda-redes Simão brilhar com uma intervenção plena de reflexos. Minutos depois, após uma excelente jogada pela esquerda, António Costa Quinta providenciou ao capitão holandês uma oportunidade de ouro para se redimir, com um cruzamento tenso ao segundo poste, mas este fez subir demasiado o esférico e atirou por cima quando só tinha que encostar à boca da baliza!
O intervalo acabaria por chegar sem que o nó se desatasse, depois de um primeiro tempo no qual o Baile de Munique entrou melhor mas em que o Feyenudes foi crescendo e ganhou claro ascendente com o decorrer dos minutos.
A toada manteve-se na segunda metade, com o Feyenudes, desta feita principalmente através de lances de bola parada, a acumular várias ocasiões para chegar ao golo. Os avisos foram dados, com destaque para um cabeceamento de Branco que obrigou Simão a uma enorme parada, e acabaria mesmo por ser dessa forma que se desbloquearia o encontro no Inatel. Benja levantou o canto à direita com uma grande bola para o segundo poste e Miguel Peralta, com uma “ratice” de avançado, surgiu a cabecear com pouco ângulo para o fundo das redes.
Agora em desvantagem, a turma alemã ia tentando reagir e dar alguns passos em frente no terreno. No entanto voltou a ser o Feyenudes a criar perigo por intermédio de Benja que, depois de captar um grande passe em profundidade de Branco, deu um nó sensacional num adversário junto à linha de fundo e apesar do pouco ângulo obrigou Simão a defesa apertada. Com o jogo a caminhar para o final, o mesmo Benja teve nos pés uma oportunidade de ouro para sentenciar a partida mas, isolado depois de roubar a bola ao último homem encarnado, tentou o chapéu a Simão e viu o guardião defender o esférico no limite, mantendo a sua equipa viva no encontro!
E como quem não marca sofre, em cima do apito final chegaria um autêntico balde de água fria para os jovens holandeses. Já em fase de “chuveirinho” do lado alemão, Martim Abecassis aproveitou uma segunda bola na área para disparar de primeira à baliza de Gaivão, que largou o esférico para o lado e permitiu a Mike Fragoso vestir a pele de herói ao fazer a emenda certeira e dar 1 ponto à sua equipa ao cair do pano!
por Gonçalo Custódio