Pitas de Guadalajara atropela QPS!
Num jogo praticamente de sentido único, o Pitas de Guadalajara goleou os ingleses do QPS com um resultado expressivo, coroando a sua primeira vitória com nota artística.
O Pitas de Guadalajara entrou a todo o gás, com um futebol objetivo e incisivo na direção da baliza, chegando rapidamente ao primeiro da noite. José Sampaio ganhou a bola no momento da pressão alta e serviu Nuno Lynce Silva, que sozinho no coração da área não teve dificuldades para abrir o marcador. Pelo meio Gastão Silva teve nos pés a possibilidade de empatar, após passe longo do guarda-redes Rafael Pinto, mas errou por centímetros o alvo e viu o adversário ampliar na resposta. Novamente o avançado Nuno Silva a faturar, desta feita após bom trabalho individual na direita, que culminou no remate cruzado para o fundo das redes!
Depois contratempo para os mexicanos, com Rodrigo Arede, o principal guarda-redes da equipa que havia começado de fora por limitação física, a ser agora obrigado a entrar prematuramente em campo devido a lesão do seu companheiro Francisco Barata, que fazia até então de guardião improvisado. Ainda assim quem foi novamente obrigado a trabalhos foi Rafael Pinto, na baliza contrária, que teve que voar para impedir que um corte defeituoso de um companheiro se transformasse num caricato autogolo.
Antes do intervalo, o mesmo Rafael quis dar o exemplo aos seus colegas jogadores de campo e, vendo o adiantamento de Arede, ficou muito perto de um golo monumental de baliza a baliza, no entanto o esférico passou ligeiramente ao lado do poste com o guarda-redes já batido!
Depois da pouca réplica no primeiro tempo, o QPS pareceu voltar mais determinado para a etapa complementar, chegando mais vezes com perigo às imediações da área contrária. A equipa londrina acabou por recompensada com um golo através de um lançamento lateral, no qual Tomás Fernandes penteou a bola ao primeiro poste e Rafael Oliveira (estrangeiro) surgiu na pequena área a desviar em esforço para o fundo das redes. O golo poderia ter relançado a partida e a discussão do resultado, não fosse a reação imediata do Pitas de Guadalajara, que voltou a pisar o acelerador e arrancou a partir daí para a goleada. O médio Miguel Henriques foi quem voltou a restabelecer a diferença no marcador, com um pontapé de ressaca à entrada da área, forte e colocado, que não deu hipótese ao guarda-redes Rafa.
Do outro lado, Rafael Oliveira tentou responder com uma iniciativa individual pela esquerda da área, mas Arede mostrou-se à altura da ocasião e com uma defesa por instinto travou as intenções do avançado.
O quarto golo dos jovens mexicanos iria surgir de um lançamento colocado na área, com Miguel Henriques a amortecer o esférico na pequena-área e Nuno David a fazer sem dificuldade o seu primeiro tento no campeonato.
O ataque mexicano continuava a carburar, com José Sampaio a ser um dos principais desequilibradores durante toda a partida e a fazer a cabeça em água aos defensores ingleses com as suas constantes arrancadas pela asa esquerda do ataque. Só lhe faltava portanto inscrever o seu nome na lista de marcadores, o que viria a fazer pouco depois, cortesia de uma assistência primorosa do capitão Francisco Solla Moniz, que arrancou em excesso de velocidade pelo corredor direito e fez o passe para o lado contrário onde surgiu Sampaio a rematar colocado e a completar a mão cheia de golos para a sua equipa!
O avançado ainda teria tempo para fechar com chave de ouro a sua excelente exibição, numa jogada onde os mesmos intervenientes voltaram a fazer a diferença. Francisco voltou a fugir pela direita e meteu o passe no meio, desta vez com Nuno Silva a abrir as pernas para deixar correr o esférico até Sampaio, que atirou ao poste mais próximo e fechou as contas da partida com um bis na conta pessoal.
por Gonçalo Custódio