Fibra de líder!
Num jogo sempre disputado a alta intensidade, o ATP United bateu os Liverpinos pela margem mínima e garantiu mais uma semana na liderança isolada da Liga A. Os tenistas, que se mantêm invencíveis ao fim de 12 partidas do campeonato, adiantaram-se no marcador ainda no primeiro tempo e souberam no segundo segurar a vantagem preciosa para levarem os 3 pontos.
Os Liverpinos até entraram melhor no encontro, com Angeja a colocar à prova o guardião Frederico Santos (estrangeiro) ao ensaiar o pontapé de meia distância logo a abrir. Pouco depois nova situação de aperto na área dos amarelos, na sequência de um lançamento lateral no qual o esférico sobrou primeiro para Angeja e depois para Caldas, mas nenhum dos dois conseguiu encontrar o caminho da baliza.
No entanto a turma inglesa não marcou e seria o ATP a mostrar de que são feitos os campeões, acabando por chegar ao golo na primeira oportunidade de que dispôs. Miguel Deus fez um lançamento lateral muito longo para o segundo poste e encontrou Julian Contzen, completamente solto, para encostar para o fundo das redes! Momentos depois, Manuel André quase surpreendia tudo e todos num livre da esquerda no qual fez o esférico contornar a barreira com um remate de “trivela”, valeu aos Liverpinos a atenção de Rodrigo Cristóvão (estrangeiro) que ainda foi a tempo de impedir o golo com uma defesa de recurso com o pé.
O líder do campeonato estava mais solto com a vantagem no marcador, tomava agora conta da partida e ia acumulando ocasiões para dilatar o marcador. Deus deixou a sua primeira ameaça ao desviar um cruzamento com um remate forte já no interior da área, mas Cristóvão com uma defesa por instinto travou as intenções do avançado. Logo de seguida novo duelo entre os mesmos protagonistas, com Deus a cobrar um livre direto que levava selo de golo, não fosse mais uma enorme defesa do guardião, que voou para o ângulo superior da sua baliza e, com uma palmada, desviou a bola contra a trave!
Chegava assim o intervalo, numa altura em que o ATP United justificava plenamente a vantagem e até já a podia ter dobrado.
No regresso para a etapa complementar, a equipa dos Liverpinos parecia entrar mais pressionante em busca da igualdade, ainda que nos primeiros minutos não tenha sido capaz de criar ocasiões claras para o fazer. O melhor que se viu foi mesmo um remate de Caldas à entrada da área, que no entanto saiu algo enrolado e não levou grande perigo à baliza de Frederico.
O conjunto capitaneado por Tiago Sousa teve que forçosamente aumentar o ritmo e começava agora a colocar mais bolas nas imediações da área adversária. Num lance em que Frederico Santos largou o esférico após um cruzamento, Angeja teve nos pés uma ocasião de ouro para marcar em excelente posição na área tenista, mas o guarda-redes redimiu-se e com uma enorme defesa manteve a sua equipa em vantagem no marcador!
O jogo estava mais “rasgadinho” nesta segunda-parte, com as equipas a jogarem no limite da intensidade e a não darem nenhuma bola como perdida na luta a meio-campo. O ATP nesta fase fazia-se valer da sua experiencia para defender muito compacto e organizado, enquanto ao mesmo tempo ia mantendo sempre a defensiva contrária em sentido, principalmente através da velocidade dos seus avançados. Nuno Deus esteve perto de marcar, numa boa diagonal da esquerda para o centro que culminou num remate forte e rasteiro a obrigar Cristóvão a defesa apertada.
Até ao final os tenistas conseguiram mesmo colocar o jogo “no congelador” e não cederam qualquer espaço aos Liverpinos para criarem perigo, segurando assim mais 3 pontos fundamentais na luta pelo título!
por Gonçalo Custódio